CMN confirma meta de inflação de 5,5% para 2004

O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu hoje, por unanimidade, estipular a meta definitiva de inflação para 2004 em 5,5%, com margem de tolerância de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo. O CMN resolveu transformar a meta ajustada, que já estava sendo adotada em 5,5% em 2004, em meta definitiva. A previsão anterior do centro da meta de inflação era 3,75%.

A chamada meta ajustada foi criada no governo passado para evitar aumento da meta oficial em conseqüência da bolha inflacionária produzida pela crise cambial do ano passado.

O objetivo da mudança é aumentar o ritmo da queda dos juros e estimular o crescimento da economia. Já a meta de inflação para 2005 subiu de 3,75% para 4,5% ao ano, também podendo oscilar 2,5 pontos porcentuais.

Segundo o ministro Antônio Palocci (Fazenda), as metas definidas pelo CMN reduzem a possibilidade de reindexação da economia. Segundo ele, a convergência da inflação dada nos últimos meses com a curva estabelecida pelo governo favorecem as metas de longo prazo. "Essas metas são consistentes com a trajetória sustentada de crescimento da economia", afirmou.

De acordo com Palocci, o governo tem conseguido um percurso vitorioso do ponto de vista da inflação. "O risco de inflação explosiva, que tivemos no início do ano, está eliminado", afirmou, lembrando que as expectativas de inflação têm convergido para as metas e os índices, como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA 15) divulgado hoje, de 0,22%, têm registrado queda constante.

Ele comentou também que o grande desafio da política econômica é conseguir conciliar uma inflação baixa com o crescimento do PIB. "Não crescer é ruim, mas crescer com inflação alta também não é bom", afirmou

A Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), usada nos empréstimos do BNDES, foi mantida em 12% ao ano.

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