Com o abandono do princípio, nunca aplicado, dos concursos públicos para os directores-gerais e para a hierarquia de topo da Administração Pública, a avaliação transparente e baseada em objectivos claros é impossível. Enquanto a selecção dos quadros de topo da administração pública depender do cartão partidário não haverá promoção do mérito e da qualidade. Para que a avaliação seja possível o exemplo tem de vir de cima.
O Bloco de Esquerda considera que o fim da contratação colectiva apenas cria um ambiente de instabilidade na Administração Pública, contrário ao princípio da qualidade.
O fim das progressões automáticas tem apenas o objectivo de diminuir a massa salarial dos funcionários públicos. Esta lógica de tesouraria é um mau prenúncio para uma reforma urgente em Portugal. O Bloco solidariza-se desde já com todas as formas de luta para a defesa dos direitos dos trabalhadores e para a construção de uma reforma que garanta realmente a transparência e o fim da partidarização dos organismos do Estado.
www.bloco.org
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter