Polícia Civil suspeita que deputado teria tramado morte de colega

Escreve o G1, que o Conselho de Ética da Câmara aprovou por unanimidade o relatório da deputada Solange Amaral (DEM-RJ) que pediu o arquivamento do processo contra o deputado Mário de Oliveira (PSC-MG) por quebra de decoro parlamentar. Oliveira é suspeito de tramar o assassinato do deputado Carlos Willian (PTC-MG) devido a desavenças políticas.

Segundo a denúncia, Oliveira teria negociado a contratação de um pistoleiro para matar o colega, mas o plano teria sido frustrado porque no dia em que o crime seria cometido, Willian pegou carona na comitiva do presidente Lula depois de um evento no interior de Minas Gerais.

O plano supostamente arquitetado pelo deputado do PSC foi descoberto por acaso, durante uma investigação de homicídio que terminou na prisão de Odair da Silva. Em depoimento, Silva teria confessado que contratou por R$ 150 mil um pistoleiro conhecido como Alemão para executar Willian.

O relatório policial apontou Celso Braz do Nascimento como responsável pela intermediação da contratação. Celso foi identificado no relatório policial como "assessor político" de Oliveira.

Com Silva foram encontradas a carteira de habilitação de Marcos Régis Moraes, que seria motorista de Mário de Oliveira, uma foto do deputado Willian e anotações referentes a sua rotina. Um cartão de memória contendo gravações telefônicas entre Silva e Alemão com detalhes do plano foi apreendido.

Silva, no entanto, refez seu depoimento à Polícia Federal e retirou as denúncias contra Oliveira. Ele afirmou à PF ter sido pago por Willian para denegrir a imagem do deputado do PSC.

Oliveira se diz vítima de armação e comemorou a absolvição. Ele afirmou que o Conselho não encontrou as provas porque a denúncia era falsa. “O Conselho fez uma investigação profunda e nunca teriam encontrado provas porque eu sou inocente”, afirmou.

Para Willian, o Conselho foi negligente. Ele lembra que um relatório do Ministério Público confirmou a trama, mas não apresentou denúncia contra Oliveira porque a intenção de cometer um crime não pode ser considerado crime.
“Para a justiça não é crime, mas será que armar um plano para matar um colega não é quebra de decoro? O MP concluiu que o plano existiu. O Conselho rasgou esse relatório”, protestou Willian.

A deputada Solange Amaral foi reticente sobre a inocência de Oliveira, mas disse não haver elementos para considerá-lo culpado. “A inocência é uma presunção constitucional e aqui nada ficou provado”. Ela pediu o arquivamento por falta de provas e lamentou não ter conseguido tomar o depoimento de Silva.

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