No Bairro do Fim do Mundo em Cascais recomeçaram os trabalhos de demolição de barracas. Até Maio de 2009 serão demolidas todas as barracas existentes no bairro, continuando a residir ali cerca de 49 pessoas, que ontem viram o acesso à água cortado pelos trabalhadores camarários, segundo Diário de Notícias.
A demolição das 12 barracas teve início na terça-feira às 09.00 num clima tenso mas sem violência. A assistir às demolições esteve o dirigente da associação SOS Racismo, José Falcão, que acusou a Câmara de Cascais de "insensibilidade para com estes seres humanos que vão ficar sem casa".
Na segunda-feira, a autarquia de Cascais garantia em comunicado que nenhuma família do Bairro do Fim do Mundo ficaria desalojada devido às demolições. Ao fim do dia de ontem o vereador com o pelouro da Habitação ressalvou que a autarquia apenas se comprometeu a realojar as famílias e que os não alojados devem recorrer ao Estado.
"O nosso compromisso foi o de realojar famílias", frisou Manuel Ferreira de Andrade, referindo que as pessoas que se enquadrem nos casos isolados devem pedir ajuda ao Estado. "Andámos a sensibilizá-los para que se candidatassem ao Instituto de Reabilitação Urbana, que tem ferramentas que permitem o financiamento até 400 euros por mês para arrendamento e dos 30 com quem falámos apenas quatro tentaram aderir", apontou.
Após a demolição das doze barracas, cerca de 30 moradores concentraram-se junto à Câmara Municipal de Cascais em busca de soluções para os 26 desalojados mas não foram recebidos pelo presidente, António Capucho, nem pelo vereador.
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