Relatório sobre etanol é mais emocional que racional

Na manhã de hoje a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) apresentou carta endereçada ao secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, na qual solicita que o relatório interino produzido pelo relator especial da ONU sobre o direito ao alimento, Jean Ziegler, seja revisado com base em dados científicos e factuais. No dia 22 de agosto, Ziegler entregou à Assembléia Geral da ONU um relatório dizendo que a produção de biocombustíveis irá competir com a produção de alimentos e sugeriu uma moratória de cinco anos na produção de biocombustíveis, segundo A Tarde Online.

Segundo o presidente da Unica, Marcos Jank, o relatório é mais emocional que racional e não leva em conta a realidade. Jank diz que Ban Ki-Moon ficou muito impressionado com a visita realizada a regiões produtoras de etanol no Brasil e que mostrou sua preocupação em relação às alternativas aos combustíveis fósseis para evitar o aquecimento global.

A carta, assinada em conjunto com a Associação Canadense de Combustíveis Renováveis, a Associação de Combustíveis Renováveis dos Estados Unidos e a Associação Européia do Combustível Bioetanol, foi encaminhada à ONU por e-mail e entregue ontem em caráter informal. Nela, a Unica ressalta a necessidade de um diálogo construtivo em relação aos biocombustíveis no mundo. Cinco temas são destacados. O primeiro é que os biocombustíveis não levam à fome. O segundo é que os preços do petróleo subiram muito mais que os agrícolas nos últimos três anos. Também ressaltam na carta os ganhos econômicos e sociais dos biocombustíveis, assim como seu auxílio para mitigar os efeitos do aquecimento global.

A carta é a primeira ação de uma parceria que vai unir esforços para defesa do biocombustível no mundo em torno de uma agenda comum. "Sabemos que existem diferenças entre essas quatro regiões representadas pelas entidades, mas vamos nos concentrar numa agenda comum, que tem como base a criação de um mercado global de biocombustíveis", disse Jank. Temas como tarifas e padronização não serão discutidos por essa parceria.

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