PCCV não se ganha, conquista-se

Avaliação do professor Macario da UECE - Inicio saudando a todos(as) que compareceram à carreata até o Cambeba e aos que não puderam ir. A carreata foi uma demonstração de que temos coragem para irmos onde for necessário para conquistar o PCCV com 130% de reajuste escalonado em dois anos.

Inicio saudando a todos(as) que compareceram à carreata até o Cambeba e aos que não puderam ir. A carreata foi uma demonstração de que temos coragem para irmos onde for necessário para conquistar o PCCV com 130% de reajuste escalonado em dois anos.

O resultado, todos já sabemos, foi mais que positivo uma vez que forçou que a secretária titular da Seplag nos recebesse. Óbvio que uma ação destas não agrada ao governo ou a qualquer autoridade constituída. Afinal, ela foi arrancada de sua mesa, de seu gabinete, para dar explicações.

Outro ponto positivo respeita a termos deixado claro, com o gesto e com as palavras, que não estamos de brincadeira, que o tempo urge e não vamos aceitar mais protelações a pretexto de ajustes técnicos do Plano.

Um ponto forte foi a exigência de que o projeto de lei que cria o PCCV seja terminado, tramitado pelos órgãos competentes e Assembléia Legislativa até novembro. Considero importante que este ponto tenha retornado à mesa.

Voltou também à mesa a nossa proposta que reivindica 130% escalonados em dois anos, bem como já iniciamos a necessária refutação de incorporação de gratificações ao vencimento-base a toque de caixa sem a análise dos seus impactos a curto, médio e longo prazos. Em se tratando da gratificação por Dedicação Exclusiva, não podemos deixar em hipótese alguma que ela seja incorporada ao vencimento-base vez que sua natureza respeita ao projeto de universidade pública que pretendemos (com professores que ensinam, fazem pesquisas e extensão); ela não representa apenas um plus no salário; o caráter dela é outro.

Por fim, foi positiva a pressão cujo índice pôde ser medido pelo mau humor dos assessores técnicos da secretária Parente. Note-se que, subliminarmente, tentaram imputar sobre os representantes das sessões sindicais a responsabilidade das simulações do governo não estarem terminadas. Deixamos claro que isto é de total responsabilidade do governo; que estas simulações são itens que devem compor a proposta final do governo.

Este é um ponto que merece delongar-se. O governo joga com nossa boa vontade e até nossa falta de malícia: sob a justificativa de que não quer apresentar nada que não seja consensuado, exige que os sindicalistas participem da elaboração da proposta dele mesmo (do governo), enquanto desconsideram-se os itens mais candentes da proposta do próprio sindicato (lembremos que a reivindicação de 130% em dois anos e a manutenção da estrutura da carreira sugerida no nosso anteprojeto de PCCV tinha desaparecido da mesa e agora retornou com certa indignação).

Como não estamos tratando com incautos gestores (isto não existe), mas com "cobras criadas", é mais que compreensível a irritação da secretária e seus assessores diante de nossa postura em exigir que o governo exponha imediatamente sua proposta, oficial, por escrito. Claro que eles tinham de reagir como reagiram tentando passar a idéia de que queriam elaborar algo "consensuado com as sessões sindicais e, agora, estariam dispostos a colocar tudo no papel de forma unilateral". Camaradas, para quem acha que isto foi ruim para nós tenho a dizer: o que o governo queria era nos envolver na elaboração da sua própria proposta, sem flexibilizar nenhum item.


Uma coisa é certa, entretanto. Doravante não haverá mais simulacro; o governo vai expor sua proposta límpida, acertada com reitores e outras autoridades. Do outro lado, estaremos nós, os sindicatos e os lutadores. É desta correlação de forças que os progressos ou influxos surgirão. Poderemos ter importantes vitórias se formos capazes de mobilizar a categoria docente para enfrentar as coisas "de olhos bem abertos" sem falsas ilusões e a certeza de que os avanços e conquistas só podem ser fruto da luta, da pressão organizada, da força coletiva. Passaremos por um duro teste; nossa capacidade de mobilização e reação àquilo que o governo propuser que agrida nossas reivindicações estará em prova prática mais uma vez. Se o resultado não for o que pretendemos, muito menos o seria se tivéssemos continuado em audiências cuja pauta mudava como camaleão e sempre rechaçando importantes itens reivindicados pela categoria. Então não temos nada a perder e um mundo todo a ganhar!!

Agora, é arregaçar as mangas, saltar para dentro da arena que se tornou belicosa novamente e conquistarmos aquilo que nos é devido e na medida exata de nossas forças. Não temos outra coisa a nos agarrar senão ao mote: "PCCV urgente, com 130% em dois anos!!!"

Neste sentido, faço coro com as preocupações da Professora Regina Coeli, ao tempo em que concordo com suas sugestões de mobilização.

Abraço de esperança a todos(as).

Cordialmente

Prof. Macário

PCCV não se ganha, conquista-se

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