Em Dili, capital de TimorLeste começaram ontem (06) os distúrbios após o Presidente timorense anunciar a designação de Xanana Gusmão como primeiro-ministro , deixando a Fretilin de fora.
Forças da ONU dispersaram grupos de jovens nos bairros periféricos da capital, onde um incêndio destruiu o edifício da Alfândega. Este incêndio, que segundo fontes citadas pela Lusa terá destruído tudo em menos de uma hora, não provocou, no entanto, quaisquer vítimas, havendo a registar apenas danos materiais.
Uma situação que poderá prolongar-se ou até agravar-se nas próximas horas e que ameaça estender-se a outros pontos do país, designadamente aos três distritos mais ocidentais de Timor-Leste e onde a implantação da Fretilin é esmagadora: Baucau, Lautém e Viqueque.
Depois das legislativas do dia 30 de Junho, os partidos: Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor (CNRT), criado pelo ex-Presidente Xanana Gusmão (2002-2006) e a Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin), liderado por Mari Alkatiri não se conseguiram entender para formar uma maioria de Governo, fruto de uma interpretação diferente da Constituição, uma situação que resultou num bloqueio institucional.
A Constituição leste-timorense prevê que o primeiro-ministro "seja designado pelo partido que recolha mais votos ou pela aliança de partidos com a maioria parlamentar". CNRT, criado pelo ex-Presidente Xanana Gusmão (2002-2006), assinou uma aliança com três partidos minoritários para formar uma maioria de 65 lugares no Parlamento e formar um Governo de coligação.
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