Nas últimas décadas, difundiu-se uma versão sobre Anselmo de que o mesmo seria agente das forças de segurança antes do Golpe de 1964.
Tal versão é falsa e foi propagada pelos capitulacionistas do então partidão, que consideravam agente provocador a todos os militantes de esquerda que tinham uma postura combativa.
Repetir essa falsa idéia é desrespeitar a História e principalmente desrespeitar aos valorosos companheiros nossos que atuavam na Marinha Brasileira onde tiveram uma militância efetivamente revolucionária.
Muitos deles participaram ativamente do processo revolucionário armado contra a ditadura militar, a exemplo de Antonio e José Duarte, Avelino Capitani, Viegas e tantos outros.
Anselmo militou na esquerda e quando preso, ao regressar do exterior, trai a causa e passa a ser agente da repressão da ditadura, em uma perfeita combinação de sua fraqueza com a canalhice.
Já na condição de agente, procura contatos no exterior e mostra serviço a seus patrões, levando para a morte diversos companheiros, inclusive a mulher com quem vivia e que dele esperava um filho.
É muito importante que o programa Linha Direta traga luz a esses tristes fatos, sobretudo porque o crápula Anselmo pleiteia uma reparação do governo por sua perseguição política.
Na verdade, ao passar de armas e bagagens para o lado inimigo e entregar companheiros à morte, como fez, Anselmo definiu sua vida e seguramente ficou quitada qualquer dúvida que tivesse o Estado para com ele, fruto de perseguição anterior à sua opção canalha e traidora.
Definitivamente, com esse ato vil, Anselmo comprou sua Anistia da ditadura militar e pagou-a com o sangue de nossos companheiros.
A concessão da Anistia ao cabo Anselmo ofenderia a memória daqueles que deram a vida por nossa pátria!!!
Leopoldo Paulino
Autor do livro Tempo de Resistência
Militante da ALN no período da ditadura militar
http://www.tempoderesistencia.com.br/
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