Megaopração no Complexo do Alemão no Rio leva mortos

A Secretaria de Segurança do estado do Rio informou que a megaoperação desencadeada na manhã desta quarta-feira (27) pelas Polícias Militar e Civil no Complexo do Alemão, zona norte da cidade, deixou 13 mortos. A operação teve apoio da Força Nacional de Segurança. Anteriormente, a secretaria havia informado que o número de mortos poderia ter chegado a 20.

Foi a maior operação realizada no Complexo do Alemão, desde o início da ocupação da Polícia Militar, em 2 de maio. Cerca de 1.300 policiais e agentes da Força Nacional de Segurança entraram na favela para cumprir mandados de prisão e apreensão em três pontos do complexo: Areal, Chuveirinho e Matinha.

Uma das vítimas foi Bruno de Paula, de 20 anos, atingido dentro de casa, enquanto assistia à televisão. Segundo a vizinha Elisângela Vieira, Bruno não teria envolvimento com o tráfico. Ela ajudou a carregar o corpo até a entrada da favela, junto com parentes e vizinhos, como uma forma de protesto contra a atuação da polícia.

"Eles falaram que ele era bandido. Mas ele estava dentro de casa e aí foi baleado. A menina botou um pano nele e ficou segurando para parar de sangrar, aí arrastaram ele pra fora e deram mais tiros nele. Acabaram de matar. Não deixaram levar para o hospital. Todo mundo viu isso", disse Elisângela.

Dez pessoas ficaram feridas, entre elas duas meninas, uma de oito e outra de 13 anos, além de um menino de 13 anos. Um jovem de 17 anos foi baleado no braço e levado preso, por suspeita de envolvimento com o tráfico. Durante a operação, um policial civil da unidade de elite da corporação foi atingido no abdômen.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, foram aprendidos quatro metralhadoras ponto 30, um fuzil AK47, 40 quilos de cocaína e 30 quilos de maconha.

Três escolas, com 2,5 mil alunos, próximas ao Complexo do Alemão, suspenderam as aulas hoje por causa dos confrontos. Desde o início da ocupação, outras seis escolas estão fechadas, e os quatro mil alunos, reunidos em um único colégio, onde assistem a duas horas de aula.

Desde o início da operação, que já dura 55 dias, mais de 40 pessoas morreram e outras 80 ficaram feridas.

 Fonte r Agência Brasil

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