Os timorenses vão votar amanhã (09), no segundo turno das eleições presidenciais da República, disputado pelo independente José Ramos Horta e por Francisco Guterres, do Fretilin.
A situação hoje na capital timorense é normal e sob controle, sem incidentes violentos, segundo Efe.
Os dois candidatos à Presidência pediram a seus seguidores que aceitem o resultado das urnas. Já a influente Igreja Católica pediu hoje a participação dos eleitores.
"Em nome da Igreja Católica no Timor-Leste, apelo à população que exercite seu direito a votar e que eleja um novo presidente, de acordo com sua consciência", disse o bispo de Díli, Alberto Ricardo da Silva, à imprensa da capital.
"Se conseguirmos escolher de forma justa e pacífica um novo presidente, contribuiremos para solucionar os problemas da nação", acrescentou.
"Não temam ninguém neste país. Não tenham medo das armas ilegais, da intimidação e do terror, Por favor, votem num novo presidente que possa nos tirar da crise", concluiu.
O secretário-geral da ONU, o sul-coreano Ban Ki-moon, insistiu na necessidade de uma alta participação do eleitorado para consolidar a democracia no Timor-Leste, o Estado mais jovem e um dos mais pobres do planeta, que nasceu em 20 de maio de 2002.
O nível de participação no primeiro turno, dia 9 de abril, chegou a 81,77%.
Em mensagem lida hoje à nação, Ban pediu que os dois candidatos e seus seguidores "reajam ao resultado de maneira pacífica".
"A ONU continua firmemente comprometida a ajudar o povo timorense no caminho do progresso, da paz e da democracia", acrescentou o secretário-geral das Nações Unidas.
No entanto, quer o eleito seja Ramos Horta, prêmio Nobel da Paz em 1996 e primeiro-ministro interino do país nos últimos 10 meses, ou Guterres, presidente da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independiente (Fretilin), o maior partido do país, a crise não deve se resolver. Os dois representam projetos opostos.
Ramos Horta mantém boas relações com a Igreja Católica, a Austrália e a comunidade internacional em geral. Já o Fretilin defende um Estado rigorosamente laico e de esquerda.
A verdadeira batalha política, porém, será nas eleições parlamentares de 30 de junho, que determinarão a composição do Legislativo e do futuro Governo
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter