A quadrilha que vendia vagas em universidades do Brasil principalmente para cursos de medicina, também negociava o ingresso de estudantes em faculdades da Argentina, Bolívia, Chile e Cuba , segundo a Polícia Federal (PF), informa o jornal O Dia. De acordo com o delegado Róbson Papini, que deflagrou a operação Vaga Certa, o grupo por acesso a instituições cobrava R$ 90 mil, mais do que exigia para facilitar a entrada em faculdades brasileiras, que custava entre R$ 25 mil e R$ 70 mil.
A PF não soube informar se candidatos aceitaram a proposta feita pelo bando para comprar vaga em instituições do Exterior. Segundo Papini, pelo menos 100 pessoas teriam pago para conseguir ingressar em universidade brasileira sem precisar fazer vestibular. Todos serão indiciados.
Trinta delas compraram vagas no vestibular da Cesgranrio, que reúne faculdades particulares do Rio. Universitários contratados pelo bando, chamados de pilotos, faziam as provas no lugar dos candidatos e recebiam R$ 6 mil.
Apontado como chefe do grupo, o estudante de Medicina Olavo Vieira de Macedo, 27 anos, que está foragido, se beneficiou do mesmo esquema que montou para ingressar na faculdade de Direito. Segundo processo da Justiça Federal do Ceará, ele pagou R$ 4 mil em 2000 por vaga no curso de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC) e não fez o vestibular.
A PF crê que ele, depois de entrar para a faculdade, teria trabalhado como piloto e, em seguida, montado seu próprio esquema. Ele usava nove celulares em nome de outras pessoas. Até agora, 7 membros da quadrilha já foram presos, entre eles Maria de Fátima Vieira de Macedo, mãe de Olavo.
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