Principais queixas dos portugeses

De acordo com a Associação de Defesa do Consumidor (Deco), o setor das telecomunicações registou, em 2006, o maior número de pedidos de informação e reclamações por parte dos consumidores portugueses.

 Dos 220 mil pedidos recebidos no ano passado, cerca de 18% respeitaram a questões relacionadas com as telecomunicações, nomeadamente em relação à Internet. A TV Cabo voltou a ser a empresa mais reclamada, com a Clix a ocupar o segundo lugar. As compras de bens ocupam o segundo lugar na lista dos sectores mais reclamados junto da DECO, com 38 mil queixas.

Os vendedores levantam dificuldades aos consumidores que pretendem accionar a garantia, devido a avarias ou defeitos, por isso mesmo, a associação recorda que, se comprar um bem com defeito, pode exigir, no prazo de dois anos, a substituição, reparação e até o reembolso. Os conflitos com os bancos surgem em terceiro lugar nos pedidos de informação e reclamações, apesar de o seu número ser de 9460, para um total de 220 mil pedidos.

Segundo a Deco, as principais queixas dizem respeito à violação do dever de informação, obstáculos à mudança de banco, penalizações pelas amortizações antecipadas, preço dos serviços e publicidade agressiva. A liderar as queixas esteve o Santander Totta, a Credibom, Millennium bcp, CGD, Cofidis e BES.

Ainda no «top 5» das queixas encontram-se os serviços públicos essenciais, como água, luz e gás, com quase 8.700 reclamações. Nesta matéria, a cobrança de consumos prescritos, com mais de seis meses, foi a principal causa dos desentendimentos.

Vendas agressivas exasperam portugueses

«Ganhou um prémio. Venha levantá-lo!» Quase toda a gente já recebeu uma carta ou um telefonema destes. As vendas agressivas também preocupam a DECO. Muitos consumidores, aliciados com brindes e até promessas de emprego, compram produtos que não precisam, como colchões «milagrosos», serviços de loiça, cartões de férias, etc. Nestes casos, além de um contrato de compra e venda, é comum assinar-se um contrato de crédito.

Por isso, a associação lembra que, ao assinar um contrato, concorda com as condições do mesmo e fica obrigado a cumpri-lo, mas há casos em que pode mudar de ideias: se for contactado em sua casa, por telefone, ou à sua porta e ainda na rua, muitas vezes aliciado com a oferta de um prémio, pode desistir sem justificar e sem pagar, desde que o faça no prazo de 14 dias.

A DECO exige que o Governo transponha rápida e adequadamente a Directiva das Práticas Comerciais Desleais, para acabar com esta situação tão gravosa para os consumidores.

As queixas relacionadas com veículos são também mais de 8.200.

 Fonte: Diário de Notícias

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