Já vem de muito que alguns poucos pilharam a Nação, aparelharam o Estado para locupletar a ganância dos eternos vampiros da Pátria. A cada dia que passa eles perdem mais a vergonha e o medo da luz e agora vivem, voam e dançam em todo céu pátrio em plena luz do dia. É uma conspiração dos embriagados pelo poder, pelas camas estendidas à sombra e à sobra do Congresso, dos que podem alguma coisa neste reino de cegos e de nem um rei. E nós assistimos a tudo calados, a este grande filme de terror em que somos reles espectadores.
Agora, depois de julgados e condenados pelo Conselho de ÉTICA, os deputados mensaleiros; sacoleiros de votos, rufiões dos sonhos, proxenetas de partidos, são absolvidos pelos seus pares, pelos que referendam o atraso moral, político, institucional e constitucional neste Brasil de 506 anos de atraso, e de atrasados. Depois, para completar a orgia por eles encenada, patrocinada, avalizada; assistimos a dança da incorporação da amoralidade dentro de cada um, a dança dos farrapos morais, das tetas fartas do Congresso em que mamão os medíocres, os menores, os que fazem tudo aquilo que sempre condenaram.
É a cusparada dos piratas de gravatas na cara de cada um de nós, dos pais de família, daqueles que vivem do suor do seu trabalho, dos que acreditam em uma palavra que eles só conhecem no dicionário: dignidade.
Meu Deus, o governo Lula transformou o país em um valhacouto de gigolôs da Pátria, de párias, de homens que são capazes de uma perseguição implacável a um modesto caseiro só por ele ter dito a verdade. Depois de tentar calar a imprensa e amordaçar a Justiça, querem, a todo custo, calar o mais modesto trabalhador. Eles aprenderam tudo isso durante a ditadura militar e agora querem fazer o mesmo com os que estão do outro lado da linha do tempo, do outro lado da história, ao lado da verdade.
Derrotada a esperança, sobre seu túmulo samba agora a porta-bandeira de outrora, a musa que se tornou a mais mesquinha entre todos na Câmara dos Deputados, divisada entre mensalões e mensalinhos, entre dragões e anãozinhos. Não merecíamos isso presidente Lula, não merecíamos isso Partido dos Trabalhadores... e nós que acreditamos tanto em vocês! Termino aqui esta crônica, para não correr o risco de querer vomitar.
Petrônio Souza Gonçalves jornalista e escritor [email protected]
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