Cesta básica ainda mais barata

Entre os produtos cujos preços tiveram queda predominante, segundo o Dieese, destacam-se o tomate, a carne, o óleo de soja e a batata.

Belém foi a cidade em que a cesta apresentou a retração mais expressiva (-8,33%), seguida por Belo Horizonte (-3,70%), Fortaleza (-3,53%), Vitória (-3,48%), Curitiba (-2,42), Porto Alegre (-2,36), Brasília (-2,25%), João Pessoa (-1,44), Aracaju (-1,24), São Paulo (-1,08%), Goiânia (-0,95%), Salvador (-0,30%) e Rio de Janeiro (-0,11%).

Os aumentos no valor do conjunto de produtos alimentícios essenciais ocorreram somente em Natal (4%), Florianópolis (1,08%) e Recife (0,99%).

O valor da cesta básica varia de capital para capital. Na média entre todas as cidades pesquisadas, ela equivale hoje à R$ 150,26, ou a metade do salário mínimo de R$ 300.

As capitais onde o valor da cesta ficou abaixo da média nacional foram: Recife (R$ 127,28), Fortaleza (R$ 127,50), Salvador (R$ 128,12), João Pessoa (R$ 129,61), Natal (R$ 132,78), Aracaju (133,41) e Belém (144,90). Nas demais ficou, acima: Curitiba (R$ 159,21), Vitória (R$ 159,41), Florianópolis (R$ 160,93), Belo Horizonte (R$ 162,75), Porto Alegre (R$ 166,20), Rio (R$ 172,61), Brasília (R$ 174,14) e São Paulo (R$ 175,54).

Preços em queda O tomate manteve a tendência de queda e apresentou retração em 11 capitais, com destaque para Belém (-36,03%), Vitória (-28,91), Aracaju (-22,63%) e Belo Horizonte (-20,78%). Na comparação com fevereiro de 2005, o produto ficou mais barato em 14 capitais.

Já a carne, na relação com janeiro, ficou mais barata em 10 capitais, com os maiores índices de queda em Curitiba (-5,46%), Belo Horizonte (-4,19%) e Brasília (-4,18).

O óleo de soja teve seu preço reduzido também em 10 cidades, lideradas por Florianópolis (-4,82%), Belém (-4,02%) e Belo Horizonte (-3,33%). Na relação com fevereiro de 2005, no entanto, este produto teve queda de preço em todas as 16 capitais.

Por fim, a batata, outro item importante nos índices de fevereiro, teve recuo de preço em nove capitais, com variação de -25,45% (Belo Horizonte) a -4,83% (no Rio de Janeiro).

Horas trabalhadas Como a maior parte das cidades teve queda no indicador, diminuiu também o tempo de trabalho necessário para a compra de uma cesta básica - tendo por referência o salário mínimo.

Em fevereiro 2006, a jornada de trabalho necessária ficou em 110 horas e 12 minutos, contra 112 horas e 5 minutos em janeiro e 128 horas e 50 minutos em fevereiro de 2005.

Primeiro bimestre No primeiro bimestre de 2006, apenas Goiânia, onde o custo dos gêneros essenciais registrou alta de 0,49%, apresentou variação positiva para o preço da cesta básica. Nas demais cidades, as retrações situaram-se entre 1,73%, em Brasília e 13,12%, em Porto Alegre. Em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, foram constatadas baixas de 4,30%, 3,08% e 7,99%, respectivamente.

Últimos 12 meses Nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, seis localidades registraram alta no custo da cesta: Belo Horizonte, com 7,8%; Brasília, com 2,38%; Fortaleza, com 2,07%; Rio de Janeiro, com 1,66%; Florianópolis, com 1,1%; e São Paulo, com 0,29%. Dieese/PT

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