Como está a economia brasileira? As medidas do ajuste fiscal foram suficientes para equilibrar as contas públicas? O povo brasileiro terá ainda que fazer novos sacrifícios? Novos cortes em programas e benefícios sociais ainda vão ocorrer? Quais são as novas prioridades das políticas públicas no Brasil?
Economista Welinton dos Santos
A lista de questionamentos é enorme em um ano de grandes transformações no cotidiano da vida dos brasileiros. Após um processo eleitoral democrático, uma avalanche de aumentos, surpreendeu a população brasileira. Aumentos das contas de: energia elétrica, da água, dos combustíveis; elevação da taxa de juros; corte em benefícios e programas sociais; aumentos dos encargos sociais; restrição do crédito; queda da produção; aumento do desemprego, entre outros.
Neste cenário os impactos nos custos empresariais e principalmente no bolso das famílias brasileiras afetam o consumo e renda do povo brasileiro. Os novos capítulos dos ajustes, ainda devem contar com novos remédios amargos, às vezes, necessários para colocar a economia no eixo.
Boa parte da população brasileira está insatisfeita com o atual cenário político econômico, em virtude dos inúmeros escândalos de corrupção e desvio de dinheiro público. A corrupção não é uma doença exclusiva do Brasil, mas atinge os quatro cantos do mundo, em maior ou menor intensidade.
Apesar de vários ajustes realizados pelo atual governo, fica claro que os processos de reforma administrativa adotada nos últimos anos, mais as qualificações dos vários servidores públicos, bem como a criação de novas ferramentas de gestão pública, não impedem sucessivos erros de gestão. O que fazer então?
Não faltam técnicos para melhoria do processo de gestão, mas sim a percepção de comprometimento com a máquina pública e a vontade de querer servir a sociedade brasileira. O Brasil é um país com grandes riquezas, com economia diversificada e possibilidades empreendedoras ainda inexploradas. Um marco interessante são as 254 fusões e aquisições de grandes empresas ocorridas apenas nos 4 primeiros meses de 2015. Uma das maiores biodiversidades do mundo; um rico sistema cultural que pode alavancar ainda mais a economia criativa, além de contar com um parque industrial e tecnológico de respeito em vários setores.
Apesar dos impactos provocados no bolso dos brasileiros, chegou a hora do Brasil acordar, pois, chegou o momento das grandes empresas investir para atualizar e manter-se neste cenário competitivo e permanecer no mercado brasileiro.
Aos brasileiros, cabe cobrar atuação política mais responsável, que respeite o direito da vida e a cidadania democrática.
Todos os empresários sabem que o motor da economia é o crédito e chegou a hora das negociações, em que todas as partes precisam ceder. O governo na cobrança dos impostos; as empresas em políticas de vendas mais realistas; os bancos com cobranças de menores taxas administrativas e de crédito; para diminuir os efeitos do desemprego e provocar gradativamente o aumento do consumo e da renda, em que todos seriam beneficiados. Chegou a hora de despertar o gigante adormecido!
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