Embaixador palestino na ONU denuncia colônias israelenses ilegais

Embaixador palestino na ONU denuncia colônias israelenses ilegais

O embaixador palestino na Organização das Nações Unidas (ONU) Riad Mansur afirmou nesta sexta-feira (31) que o regime israelense demonstrou, em reiteradas ocasiões, que prefere a expansão dos assentamentos judeus ao invés da paz e da segurança. A construção em terras palestinas tem sido criticada constantemente, inclusive por aliados de Israel, como prejudiciais para um "processo de paz" que os Estados Unidos dizem pretender retomar.


Através de três cartas dirigidas ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, o presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e o presidente da Assembleia Geral desta entidade internacional, Mansur criticou fortemente a contínua construção de colônias israelenses, qualificando-a de "violação" das normas internacionais e um desrespeito da vontade da comunidade internacional.


Além de lamentar que a nação palestina ainda esteja sob a opressão do regime israelense, o representante palestino denunciou o grande esforço do governo daquela instituição para confiscar ainda mais terras palestinas, não permitindo que os esforços por um processo de paz deem resultado.


Ao tachar a continuação da expansão de assentamentos israelenses de "ilegal", advertiu que essas medidas terão consequências perigosas. Mansur ressaltou também que a migração forçada dos habitantes originais de uma pátria e a colonização das suas terras é considerada um crime injustificável pelo direito internacional.


Uma organização não-governamental entre muitas que avaliam os assentamentos israelenses informou nesta quarta-feira (29) que o regime de Israel planeja construir cerca de 1.000 novos assentamentos ilegais em Jerusalém (Al-Quds, em árabe) em breve.
A ONG afirmou que foram assinados contratos para cerca de 300 residências no assentamento noroeste de Ramot, e 797 parcelas serão postas à venda no assentamento ao sul, Gilo. Um novo informe também revelou que o governo israelense confiscou 1.977 hectares de terras na Cisjordânia, para levar a cabo construções ilegais sob o direito internacional, apenas em 2012.


Mais de meio milhão de israelenses vivem em mais de 120 assentamentos ilegais nos territórios ocupados da Palestina, em construções realizadas desde a expansão da ocupação e anexação conduzida por Israel a partir da Guerra dos Seis Dias, ou Guerra Árabe-Israelense, em 1967.


A continuação da expansão de colônias israelenses na Palestina ocupada converteu-se no maior obstáculo para os esforços de paz na região. A medida foi condenada pela ONU e por numerosos países e organizações internacionais, com base na Convenção de Genebra, principalmente, que proíbe a construção em terras ocupadas militarmente.


O governo atual de Israel é conformado por uma coalizão de extrema-direita e por representantes diretos de colonos israelenses em terras palestinas, o que torna qualquer iniciativa para o congelamento das construções, uma condição dos palestinos para a seriedade das negociações, virtualmente impossível.
 
Com HispanTV,
da redação do Vermelho
http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=433a6ea5429d6d75f0be9bf9da26e24c&cod=11611

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