Decretada a falência de mais sete bancos americanos

Por ANTONIO CARLOS LACERDA

Correspondente no Brasil

WASHINGTON - ESTADOS UNIDOS - Mais sete bancos americanos faliram e fecham suas portas nos Estados Unidos. Segundo o anúncio, feito pelo Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), aumentou para 103 o número de falências bancárias americanas só neste ano.

Segundo autoridades reguladoras bancárias americanas, os números divulgados pela FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation) indicam que a taxa de quebras em 2010 está evoluindo com mais rapidez que a de 2009.

Ano passado, no total, ocorreram 140 falências bancárias nos Estados Unidos. Segundo Sheila Bair, presidente da FDIC, no quarto trimestre de 2009, o percentual de bancos americanos "com problemas" chegou ao seu nível mais alto desde 1992.

No Brasil, o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel de Oliveira, garante que a quebra de bancos dos EUA não traz risco de nova crise financeira em escala global.

Segundo Miguel de Oliveira, a falência de mais esses sete bancos americanos não trará impacto significativo sequer no sistema financeiro dos Estados Unidos, por serem “bancos pequenos, de atuação regional e que movimentam valores muito baixos dentro de uma economia gigante como é a americana. Não há risco de contágio algum", afirmou.

O economista disse, também, que o fechamento é algo corriqueiro nos EUA desde o agravamento da crise financeira internacional, em setembro de 2008, e apenas reflete a fragilidade dessas instituições.

"Os bancos fechados estavam com dificuldades em captar depósitos por conta da desconfiança dos correntistas desde o início da crise e não conseguiram passar nos testes de liquidez que a autoridade monetária americana faz para conhecer a saúde dos bancos. Por isso tiveram de ser fechados", disse Oliveira.

Alguns especialistas garantem que outro sinal de o sistema bancário americano está estável e distante de uma nova crise igual à de 2008 são os bons resultados obtidos pelos grandes bancos americanos no primeiro semestre deste ano, com lucros em alta.

Também servem para tranqüilizar os mercados as notícias deste sábado dando conta de que mais de 90% dos principais bancos europeus passaram com facilidade em testes aplicados pela União Européia para testar a saúde das instituições.

Entretanto, essa opinião não é unanime, pois alguns analistas afirmam que as falências devem continuar e exceder o total do ano passado, quando 140 bancos americanos fecharam, podendo, até, sacudir os chamados “grandes bancos”, contribuir para uma instabilidade na economia americana, a mais forte do planeta, e repercutir pelo mundo afora.

Os bancos americanos que baixaram as portas são Home Valley Bank (Oregon), Southwest USA Bank (Nevada), Community Security Bank (Minnesota), Thunder Bank (Kansas), Williamsburg First National Bank (Carolina do Sul), Crescent Bank and Trust Company (Georgia) e Sterling Bank (Florida).

ANTONIO CARLOS LACERDA

PRAVDA Ru BRASIL

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