Comércio cresce 8,5% em julho no melhor desempenho desde 2008

O comércio varejista da Bahia apresentou, em julho, expansão de 8,5% no volume de vendas em comparação com o mesmo mês em 2008. Essa foi a maior taxa registrada pelo setor este ano e a mais expressiva desde novembro de 2008. Em comparação com junho, mês imediatamente anterior ao pesquisado, a variação foi de 1,7%.


No acumulado dos sete primeiros meses de 2009, em comparação com o mesmo período de 2008, a expansão é de 5,2%. No Brasil, a taxa de crescimento de julho deste ano, em relação ao mesmo mês do ano passado, ficou em torno de 5,9%. Na comparação com o mês imediatamente anterior, a expansão foi de 0,5%. No acumulado do ano, de janeiro a julho, a taxa ficou em 4,7%.


Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada em âmbito nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e divulgados em parceria pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).
“O comércio foi um dos setores essenciais para as taxas positivas do PIB baiano nos 1º e 2º trimestres, e o resultado de julho, com a maior taxa do ano, aponta para um excelente início das atividades econômicas no 3º trimestre”, diz o diretor geral da SEI, Geraldo Reis. A taxa obtida nesse mês se torna mais significativa em função da comparação com julho de 2008, mês em que o varejo baiano registrou expressivo crescimento de 10%.


Atividades
Em julho deste ano, dos oito ramos de atividade que compõem o indicador do varejo, seis apresentaram variações positivas. Nesse sentido, os destaques são as vendas de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (34,3%), Livros, jornais, revistas e papelaria (15,5%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (13,5%), enquanto que, no subgrupo de Hiperrmercados e supermercados, a variação ficou neste patamar de 13,5% e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos um pouco abaixo, com 11,7%. Aparecem em seguida os ramos Móveis e eletrodomésticos (4,7%) e Combustíveis e lubrificantes (1%).


A maior contribuição para a expansão do indicador do varejo baiano coube à atividade de maior peso, com quase 50% de participação no setor: o grupo de Hipermercados, supermercados, produtos, alimentícios, bebidas e fumo apresentou seu segundo maior crescimento nas vendas em 2009, com 13,5%, abaixo apenas do registrado em abril (14,3%).


Este ramo, ao longo do ano, vem crescendo a taxas superiores às apuradas em igual período do ano passado. De janeiro a julho, o incremento foi de 8%. No subgrupo de Hipermercados e supermercados a expansão foi de 13,5% no mês e de 6,9% no acumulado dos sete primeiros meses do ano.


Supermercados
Diferente dos segmentos de Bens de valores elevados, os Supermercados não sentiram tão intensamente os impactos da conjuntura adversa, em razão de se tratar de bens essenciais, cuja aquisição é prioritária. As suas receitas se originam, essencialmente, da comercialização de alimentos, por isso, sofrem influência direta da estabilidade de preços dos alimentos, além da criação de postos de trabalho e da melhoria dos rendimentos dos consumidores, em razão, principalmente, do aumento do salário mínimo.


Com expansão de 34,3%, o segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico permaneceu liderando a expansão das vendas. Os artigos comercializados por este ramo têm preços unitários compatíveis com o poder de compra de parcela significativa da população, como Material ótico e fotográfico, Jóias, Artigos esportivos e Brinquedos. As variações positivas apresentadas nos primeiros sete meses permitiram ao segmento acumular aumento de 37,7%. Nesse período, essa foi a taxa mais significativa dentre os demais ramos que integram o indicador do varejo.
O segundo destaque nas vendas coube ao ramo de Livros, jornais, revistas e papelaria (15,5%), que acumulou, no período de janeiro a julho, a expansão de 18,7%. Esses resultados podem ser creditados ao aumento do emprego e à recuperação da massa salarial dos consumidores. A variedade de produtos comercializados pelas grandes papelarias e livrarias também tem concorrido para elevar as vendas. Apesar do ramo apresentar um dos menores pesos no indicador, a expressividade das taxas ao longo do ano deram importante contribuição na formação do indicador do varejo.


Variações negativas
Por cinco meses seguidos, as vendas de Móveis e eletrodomésticos apresentaram resultados negativos. Porém, julho foi o terceiro mês consecutivo em que o segmento registrou variação positiva (4,7%). Cerca de 80% das transações comerciais desses bens são feitas por financiamento, estimulados pelas medidas de desoneração tributária recentes.


Permaneceram apresentando contribuições negativas: Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (32,6%) e Tecidos, vestuário e calçados (1,3%). Nos dois ramos que não compõem o indicador do varejo por abranger o comércio atacadista e o varejista, os resultados foram negativos, Veículos, motocicletas, partes e peças (-4,3%) e Material de construção (-6,3%).


Texto: Agecom

http://www.noticiasdabahia.com.br/editorias.php?idprog=60dcc0d0012f3056175c01d54c2e1722&cod=4475

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