O Brasil deverá se destacar nas exportações mundiais da safra 2009/2010 de açúcar, com uma participação de 50%. O país ganha espaço pela quebra de safra da Índia, principal consumidor do planeta e segundo maior produtor mundial do produto. A estimativa dos exportadores é embarcar cerca de 26,7 milhões de toneladas.
As projeções apontam que pelo Porto de Santos deve sair um volume em torno de 73% do total nacional e 36,14% do volume mundial, saltando de 14,6 milhões para 19,3 milhões de toneladas, um incremento superior a 30%, se comparado a 2008.
Esse cenário se deve à redução na produção de açúcar por parte dos principais produtores mundiais. A área plantada na Índia caiu 20% em 2008/2009, em função de os fazendeiros mudarem para culturas mais rentáveis, como o trigo, arroz e algodão. A produtividade agrícola nesse país também caiu 9%, devido a fatores climáticos e a industrial caiu 7%, em média. Esse cenário provocou uma redução de 43% na safra 2008/2009 (15,0 milhões de t) em relação a 2007/2008 (26,3 milhões de t).
Na Tailândia a produção de cana caiu de 73,3 milhões de toneladas em 2007/2008 para 66,4 milhões de t em 2008/2009, devido ao menor uso de fertilizantes e problemas climáticos. Assim, a produção de açúcar naquele país atingiu 7,2 milhões t, menos 9% em relação à safra passada.
Na China a produção do produto caiu 17%, passando de 14,8 milhões t em 2007/2008 para 12,3 milhões t em 2008/2009, devido à baixas temperaturas no período de germinação da cana e excesso de chuvas durante o verão, diminuindo a incidência solar à cultura. No Paquistão a produção foi reduzida de 4,6 milhões t em 2007/2008 para 3,4 milhões t em 2008/2009, uma queda de 26%, devido às mesmas condições verificadas na Índia.
Fonte: Codesp
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