O ex-presidente fugiu em outubro de 2003 aos Estados Unidos, onde permanece exilado, depois de demitir devido à revolta popular que foi sufocada violentamente com saldo de 68 mortos e mais de 400 feridos.
O governo boliviano denuncia que Washington põe travas para que o ex-dirigente responda ante os tribunais por esses crimes de lesa humanidade.
O Corte fixou para o 18 de maio a data de início das audiências públicas, explicou o letrado Hugo Suárez. O presidente dessa instância judicial, Eddy Fernández, tinha sido questionado pelo Executivo e várias organizações sociais por retardar a ação da justiça.
Fernández é também acusado por deputados do oficialista Movimento ao Socialismo, quem lhe atribuem cumplicidade na demora de processos de forte impacto nacional. Nesse caso estão ademais os mecanismos legais para julgar por conduta anti-econômica ao outrora ministro de Saúde, Tonchi Marinkovic, e ao ex-governador paceño, Luis Alberto "Chito" Vale.
De acordo com a nova Constituição boliviana, somente o Presidente e o Vice-presidente gozam de privilégio constitucional e poderão ser julgados ante a Corte Suprema da Justiça, enquanto outros oficiais, ministros, governadores e magistrados, se submeterão à justiça ordinária.
Texto: Prensa Latina
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