O Pentágono ignorou as declarações do presidente do Quirguistão, Kurmanbek Bakiev, em visita em Moscou, que anunciou a decisão do governo de fechar a base da força aérea dos EUA em Manas. A base foi concedida aos EUA para apoiar as operações dos americanos no vizinho Afeganistão
Na conferência de imprensa Bakiyev disse que nos últimos anos, o Quirguistão tem discutido com os EUA sobre a questão de subsídio econômico da base da força aérea em Manas, mas não foi concluído nenhum compromisso.
Além disso, no Quirguistão tem crescendo o protesto social, após o assassinado de um cidadão, baleado por um soldado americano. Apesar de pedido de iniciar um processo penal contra ele , a resposta americana continua ser negativa.
Mesmo ontem, (03) , porta-voz do Pentágono dos EUA, Geoff Morrell, disse que o país deseja utilizar continuamente a base da força aérea no Quirguistão, que é muito importante para assegurar fornecimento à força norte-americana no Afeganistão. Ele afirmou também que os EUA estão negociando positivamente com o governo do Quirguistão sobre a utilização da base militar.
A reação dos americanos não surpreende , pois respeitam só suas próprias opiniões e decisões.
É possível que a administração americana tenha fraca concepção sobre a localização do Quirguistão , que é o membro e do Organização da Segurança Coletiva (OTSC) , formada por ex-repúblicas soviéticas ( Armênia, Belarus, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão) , os líderes da qual se encontram estes dias em Moscou com o objetivo de firmar vários acordos, entre eles o tratado sobre a formação de uma Força de Reação Rápida Única .
O presidente russo , Dmitri Medvedev, disse, depois da reunião com Bakiev, que os dois países têm responsabilidades de assegurar a segurança da região médio asiática, e devem se esforçar militarmente para manter a estabilidade nessa região. Ele anunciou também a decisão de oferecer ajuda econômica ao Quirguistão.
Segundo o acordo entre Quirguistão e os EUA , o contingente americano (1200 elementos) em Manas deve abandonar o país , seis meses depois da respetiva decisão do governo. Bakiev declarou sua intenção de ratificar o decreto governamental em Parlamento para excluir qualquer insinuação.
Por Lyuba Lulko
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