Robert Mugabe acusou hoje o chefe de Governo britânico, Gordon Brown, de liderar uma campanha para isolar o Zimbabué e impedir que ele esteja presente na cimeira.
Num discurso no Parlamento de Harare, o presidente Mugabe classificou como «sinistro» o comportamento do Governo do Reino Unido, elogiando Portugal por ter feito uma análise correcta da situação.
A cimeira que arranca sexta-feira vai custar ao Estado português dez milhões de euros e em termos logísticos o país vai enfrentar um desafio inédito.
Para primeiro-ministro José Sócrates a Cimeira deve abrir agora um novo caminho nas relações políticas entre os dois continentes.
«Vamos aprovar uma estratégia conjunta entre a Europa e África, não da Europa para África, ou da África para Europa» , sublinhou o primeiro-ministro português na terça-feira, considerando que o conjunto de matérias já acordadas entre os dois blocos políticos permite concluir que a cimeira será «um êxito» de acordo com Sol.
Apesar de o Governo de Lisboa reconhecer que a presença em Lisboa do presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, constituiu a principal dor de cabeça da presidência portuguesa no processo de preparação da cimeira, considera também, por outro lado, que este problema foi ultrapassado com os menores estragos possíveis.
Confrontado com o facto de outros líderes da UE terem alinhado com o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, na recusa de se sentarem à mesa com Roberto Mugabe, Sócrates fez questão de frisar que este fim-de-semana, em Lisboa, estarão «23 [num total de 27] chefes de Estado e de Governo» da União Europeia.
Lisboa recebe 44 presidentes, 27 primeiro-ministros, num total de 80 países representados.
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