Kosovo: A mão do imperialismo occidental

Enviado Especial da ONU ignora séculos de história, desrespeita profundas questões de nacionalidade e insulta o psique da Nação Sérvia, declarando que a única solução para Kosovo é a independência. Depois de anos e anos de desenhar linhas em mapas, a comunidade internacional ocidental volta a práticas imperialistas, desta vez com o aval da Organização das Nações Unidas.

Agora que o Ban Ki-Moon aceitou o relatório elaborado pelo Enviado Especial para Kosovo, Martti Ahtisaari, em que este impõe arbitrariamente a sua Solução Final para Kosovo – independência – a escrita parece estar na parede. Para a comunidade internacional ocidental, pouco importa Kosovo Polye, o cerne da identidade sérvia, que formou primeiro o coração e depois o lar, dos povos da nação sérvia.

Esperemos que Martti Ahtisaari nunca se queixou sobre a história da Finlândia com os seus vizinhos, Suécia e Rússia. Esperemos que todos os que concordam com a sua Solução Final para Kosovo não se importam se partes dos territórios dos seus países sejam retiradas e integradas nos seus vizinhos.

Praticamente todas as nações europeias tiveram ou ainda têm disputas fronteiriças e devido às práticas imperialistas e intrusivas destes mesmos países, grande parte dos países africanos têm-nas também. O resultado foi um apelo pela própria ONU para respeitar as fronteiras que a história e o tempo tinham formado.

Foi a ONU que pediu aos seus estados-membros aceitarem as fronteiras que esta Organização apresenta como invioláveis. Onde, então, é a lógica em cortar o coração da sérvia e apresentá-la aos albaneses, quando grande parte destes só foram a Kosovo porque seu nível de vida era melhor – não por ser albanês mas precisamente porque era sérvio?

Que direito tem esta comunidade de nações desmembrar a nação sérvia deste modo, depois do ultraje cometido contra as forças de Slobodan Milosevic (antes dele ser ilegalmente raptado e preso), quando simplesmente queria livrar seu país de terroristas (UÇK)?

Quão felizes devem ser os albaneses de Kosovo agora, saberem que vai lá o Big Bird Garibaldi e o Monstro das Bolachas, ensiná-los como “integrar”. Imperialismo cultural, a seguir aventuras militares e práticas de colonialismo criminosas e assassinas, o mais bradante exemplo de intrusão estrangeira nesta região, onde os forasteiros nunca foram chamados.

Kosovo é, foi, tem sempre sido e sempre será, o coração da nação sérvia. Quando é que a comunidade internacional ocidental vai aprender a sua lição de história e deixar de traçar linhas em mapas, estragando as vidas das pessoas?

Timothy BANCROFT-HINCHEY

PRAVDA.Ru

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