Após uma longa disputa por causa do preço do gás, na noite passada a Bielorrússia cortou o abastecimento de petróleo russo ao oeste da Europa por meio do oleoduto que atravessa seu território segundo a companhia russa Transneft.
Trata-se do oleoduto «Druzhba» (Amizade), o maior do mundo, que fornece por ano cerca de 20% das 112 toneladas de petróleo bruto importadas pela Alemanha e quase todo o petróleo que o maior país da União Europeia importa da Rússia.
Um porta-voz do Ministério federal da Economia em Berlim considerou o referido oleoduto «muito relevante» para a economia germânica. A Alemanha recebe por esse condutor um quinto das importações de cru.
A medida do governo bielorusso afectou também a Polónia, como confirmou, entretanto, um porta-voz do Ministério da Economia em Varsóvia.
A administração russa acusou a gestão de Minsk de apropriar-se ilegalmente do produto. A Rússia, segundo exportador mundial de petróleo, bombeia 1,8 milhão de barris por dia por meio da linha Druzhba até o território polonês e alemão, dois quintos do total de suas vendas ao exterior.
O conflito sobre as taxas de exportação de cru surgiu depois que Moscou, na véspera do Ano Novo, resolveu duplicar o preço do gás russo que abastece Minsk.
A Comissão Européia pediu explicações tanto à Rússia como à Bielorrússia sobre esta crise, que, segundo o porta-voz de Energia, Ferrán Tarradellas, não tem conseqüência imediata uma vez que a Polônia e a Alemanha têm reservas para vários dias.
Hoje Rússia e Bielorrússia vão decidir qual será a data de negociações.
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