Os três filhos de um coronel dos serviços secretos palestinianos, leais ao Fatah, foram hoje assassinados por homens armados em Gaza, um dia depois de uma tentativa de assassínio de um ministro do governo, controlado pelos islamistas radicais do Hamas.
O motorista que transportava as crianças para o colégio num carro com vidros blindados também morreu no atentado. Os autores do ataque deram pelo menos 60 tiros em direcção ao automóvel antes de fugir.
Salam, de 6 anos, Ahmad, de 7 anos, e Osama, de 9 anos, filhos de Bahaa Baalousha, um coronel dos serviços de informações, foram assassinados por homens encapuzados que abriram fogo a partir de dois carros no bairro Rimal de Gaza.
Um guarda-costas que estava no automóvel ficou ferido, assim como outras quatro crianças que seguiam para escola. Os tiros destruíram o carro. Na parte traseira do veículo ficaram espalhados os cadernos, livros e mochilas com os meninos ensanguentados.
O coronel Baalousha, alto oficial do movimento Fatah do presidente Mahmud Abbas, estava em casa no momento do ataque. Segundo os serviços de segurança, o atentado tinha como alvo o militar, que escapou de uma tentativa de assassínio há alguns meses.
Em declarações à imprensa na Cisjordânia, Abbas condenou o ataque, que qualificou de «crime atroz cometido contra crianças do povo» palestiniano e afirmou ter determinado a prisão dos autores.
O porta-voz do Hamas, Fawzi Barhum, também condenou os assassínios, cometidos nas suas palavras - por «inimigos do povo palestiniano».
O ataque ocorreu um dia depois de uma tentativa de atentado contra a caravana do ministro do Interior palestiniano em Gaza. Os quatro homens envolvidos no crime foram detidos domingo à noite.
Nos últimos meses registaram-se confrontos, alguns dos quais sangrentos, entre activistas do Hamas e do Fatah, tendo como pano de fundo uma profunda crise política, que se agravou sábado com uma recomendação do Comité Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), partidário da convocação de eleições antecipadas devido à falta de acordo para um governo de unidade nacional.
Segundo "Diério Digital"
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