A perda de qualquer vida humana é uma tragédia e a morte de cada um de nós nunca deve servir para motivo de regozijo. No entanto, a história vai julgar Augusto Pinochet do Chile, que faleceu hoje aos 91 anos. Seguiu obedientemente um plano norte-americano para a América do Sul, derrubando pela força das armas um governo democraticamente eleito, sendo o primeiro líder terrorista a enviar aviões contra estruturas civis no dia 11 de Setembro, de 1973.
O Governo marxista de Salvador Allende foi derrubado num golpe militar orquestrado por Pinochet e seus mestres em Washington, tal como os Taleban foram lançados contra o Governo progressista de Dr. Najibullah em Afeganistão na mesma década.
Depois de uma campanha de chacina, de assassínio de opositores, chamados subversivos por Pinochet na altura e por assim-chamados subversivos pela BBC ainda hoje, Pinochet prontamente suspendeu o Parlamento e instalou um regime fascista autocrático.
Entre 1973 e 1990, quando saiu do poder depois de ter resistido por dois anos o resultado da eleição de 1988, em que o povo chileno o rejeitou por 55% contra e 43% a favor, desapareceram 3.000 chilenos, assassinados.
Atribuir demasiada importância a este lacaio da Operação Condor seria um insulto aos povos da América Latina.
Timothy BANCROFT-HINCHEY
PRAVDA.Ru
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