Pela primeira vez na história a Cimeira da Nato realiza-se num pais da antiga União Soviética. Trata-se da Letónia, na capital da qual , Riga, hoje começa a Cimeira.
Entre os visitantes figura o Presidente dos EUA, George W. Bush, que com esta visitá inicia seu périplo pelos paises bálticos e que o levará à Jodânia.
Nascida da Guerra Fria, a NATO aproveitará esta cimeira para consolidar a mudança dos seus parâmetros de actuação. Ao contrário do que sucedia num passado não muito distante, a NATO está envolvida em operações fora da área geográfica definida pelos aliados.
Nesta cimeira será passada em revista a actuação das forças da NATO no Afeganistão (ISAF), com uma avaliação de eventuais aumentos de efectivos. Fragilizado com a situação no Iraque, a vitória dos democratas e o agravamento da violência no Afeganistão, Bush terá dificuldades em convencer os parceiros a reforçar a sua participação militar na ISAF, as verbas e o mandato da força de 32 mil soldados presentes em território afegão. Difícil também será a sua ideia de criar parcerias com países asiáticos.
Também irá observar-se a missão de vigilância da Nato no Kosovo.
A cimeira vai debater a perspectiva de novos alargamentos, com o encorajamento à Albânia, Croácia e Antiga República Jugoslava da Macedónia para que mantenham os esforços de adaptação para uma futura adesão. Mas segundo foi anunciado, não será convidado neste encontro para Nato nenhum membro novo. Esta cimeira não vai significar uma ampliação,disse aos jornalistas Dan Freed, secretário de Estado adjunto dos Estados Unidos para a Europa e a Eurásia.
A Nato insiste, junto dos aliados, na necessidade de desenvolvimento das suas capacidades militares. Neste capítulo, os dirigentes dos 26 Estados membros irão debater a Força de Reacção da Nato, os sistemas de mísseis, e a adaptação a este clima de mudança, através de uma série de Orientações Políticas Gobais.
O secretário de Estado adjunto para os Assuntos Políticos, Nicholas Burns, disse que será anunciada em Riga a abertura de um programa novo de parceria global, com a Austrália, Coréia do Sul, Japão, Suécia e Finlândia.
É bem possível que na capital letã se diga que a adesão aos valores comuns pesa mais que os marcos geográficos. E então o Artigo 10 do Tratado da Organização do Atlântico Norte, que autoriza a ampliação da OTAN só mediante incorporação de Estados europeus, poderia ser sujeita a uma revisão.
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