"O resultado principal da conferência internacional sobre o Líbano foi a exigência unânime dos presentes para cessar o fogo na zona do conflito ",disse na quarta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serghei Lavrov, ao comentar as consultas em Roma.
Mas o primeiro ministro libanês Fouad Siniora se mostrou decepcionado.
«Queríamos muito por um lado pedir aos intervenientes que fornecessem a ajuda humanitária ou qualquer tipo de assistência nesse sentido, mas mais do que isso queríamos um cessar-fogo imediato», disse.
O primeiro-ministro do Líbano adiantou ainda que o adiamento de uma trégua tem consequências desastrosas para o país.
Outro resultado da reunião segundo Lavrov foi o pedido de uma força internacional no Líbano que "deveria ser autorizada urgentemente, sob mandato das Nações Unidas, para apoiar as forças armadas libanesas a conseguir uma situação segura".
Uma vez cessado o fogo e resolvidos os problemas humanitários, eles poderão ajudar o Governo libanês a estabelecer seu controle sobre o Sul desse país explicou o diplomata russo.
Entretanto o ministro da Justiça israelita, Haim Ramon, declarou hoje que o facto de a conferência de Roma ter terminado sem uma declaração-conjunta sobre um cessar-fogo imediato no Médio Oriente representa numa autorização para que Israel continue a ofensiva no Líbano.
Recebemos ontem [quarta-feira] em Roma uma autorização, de facto, do mundo - parte dele a ranger os dentes e outra parte a dar a sua bênção - para continuar a operação, esta guerra, até que a presença do Hezbollah seja eliminada", disse.
O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, incumbiu o Conselho de Segurança de preparar propostas acerca do efetivo e o mandato a conferir ao contingente de pacificação. Para esse encontro chegaram a Roma os chanceleres da Rússia, Estados Unidos, vários países europeus e árabes, assim como altos funcionários das Nações Unidas e do Banco Mundial.
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