Massacre Zionista isola Israel

As cameras apanharam o navio de guerra israelita perto da costa onde ocorreu o massacre de ontem, em que sete palestinianos, incluindo mulheres e três crianças, foram chacinados num ataque com artilharia. Contudo, Israel recusa a aceitar a responsabilidade pelo ataque, afirmando que a explosão na praia poderia ter sido um obus que descreveu um trajectório errado, ou então poderia ter sido um engenho explosivo na praia que se detonou.

O Secretário-Geral da ONU. Kofi Annan, pediu que fosse instituído um inquérito.

Reacção

Entretanto, os ataques pela aviação israelita em Gaza e o massacre na praia causaram a ala militante do Hamas, as Brigadas Issedine al-Qassam, a terminar o cerrar-fogo que impôs há 16 meses e lançar três ondas de ataques por foguete, embora fontes locais negam que estes tenham causado problemas aos interesses israelitas.

Por agora, parece ser uma resposta limitada ao que só pode ser chamado um acto de terrorismo de estado, outro massacre pelas forças da IDF contra civis, seja ela propositadamente ou por negligência.

Enquanto é difícil imaginar que um navio de guerra israelita iria propositadamente escolher como alvos famílias palestinianas a gozarem um dia na praia, também é difícil imaginar como este tipo de incidente possa acontecer sem as ordens de um oficial superior no navio ou mais alto na cadeia de comando, na terra. Ou será que os comandantes de navio de guerra israelitas têm a liberdade de atirar contra tudo que mexe?

Seja o que for a causa do massacre, massacre com certeza ele é e que maneira irresponsável de lidar com a situação numa altura tão delicada, quando a comunidade internacional está a tentar apoiar o Mahmoud Abbas na criação de um Estado Palestiniano, quando a pressão monta sobre o Hamas a reconhecer formalmente o Estado de Israel, cujos ataques continuam a causar choque e pavor.

Desde que o Hamas foi eleito democraticamente em Janeiro, 50 palestinianos foram assassinados e centenas foram feridos em ataques israelitas. Este tipo de medida desproporcionada a questões de segurança não só constitui crimes de guerra sob a lei internacional (que Israel e uma mão cheia de outros estados pensam que podem quebrar quando entenderem) mas também enfraquece os palestinianos moderados e fortalece os falcões no Hamas.

Se bem que muitos grupos de direitos humanos e ONGs israelitas condenaram veementemente esse ataque (e a posição destes grupos nem sempre chega a ser noticiada), também é verdade que ou as autoridades israelitas são cegados pelo ódio, ou então alguns oficiais entendem que fazem mais dinheiro através da continuação da violência do que pela instituição de paz.

Chega a altura para uma mudança de regime?

Timothy BANCROFT-HINCHEY

PRAVDA.Ru

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