Rússia faz o mais difícil

Se a seleção em 12º lugar no ranking da FIFA (Rússia) não consegue vencer a seleção 49º classificado (Eslovénia) em dois jogos, pode afirmar-se que nem merece ir à fase final. Não é bem assim, pois Guus Hiddink fez um trabalho excelente (3º lugar na UEFA 2008) mas ainda falta algo nesta Rússia. Numa palavra, disciplina e em outra, integridade.

Zlatko Dedic foi o herói hoje, dando o 1-0 à Eslovénia que todos nós sabíamos que iria ser o resultado na noite. Com os salários que estes “meninos” ganham, com todos os confortos que gozam, vamos ter pena deles?

Ou vamos ter pena das pessoas que gastaram seu tempo e energia e dinheiro a apoiar esta seleção russa ao longo desta campanha, desperdiçando o bom tempo do brilhante treinador Hiddink?

Francamente por quê é que não chamem outra vez o Yartsev para perder 7-1 com Portugal mais uma vez?

Uma vergonha. Se os jogadores na seleção classificada em 12º lugar perdem com aquela do 49º lugar, e em dois jogos ainda por cima, e celebraram contratos milionários com seus clubes, como vão justificar esta total falta de competência a próxima vez que vão ao supermercado e se encontrem com pessoas reais que fazem as contas para alimentar a família?

Rússia fez hoje o mais difícil. Depois de estar a vencer em Moscovo bastava o empate. E se 11 pessoas quaisquer a brincarem semanalmente nos parques de Moscou sabem, e bem, jogar sem marcar nem sofrer, então esta “geração de merda” do futebol russo, com seus contratos milionários, devem sentir vergonha na pele.

Timothy BANCROFT-HINCHEY

PRAVDA.Ru

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey