A carreira do atacante Romário pode ter um fim, o que contrasta com seu currículo vitorioso no futebol, segundo as informações do Estadão. Aos 41 anos e bem próximo de se aposentar, ele foi flagrado no exame antidoping referente ao jogo Vasco 2 x 2 Palmeiras, disputado em São Januário, em 28 de outubro, pelo Campeonato Brasileiro. Romário entrou apenas aos 22 minutos do segundo tempo e não marcou nenhum gol. Ele ingeriu a substância finasterida, proibida pelo Controle de Dopagem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
''''Tomo o remédio Propécia (que contém a substância) para evitar queda de cabelo. Todo mundo no Vasco sabe disso. Apesar de estar tranqüilo e relaxado, sei que o que aconteceu agora me incomoda. Mas não vai afetar minha carreira'''', disse o jogador em entrevista ontem à noite, na sede do Vasco.
Romário estava até bem-humorado, mas pode ter uma surpresa desagradável nos próximos dias. Pelo mesmo motivo - uso de finasterida -, o zagueiro Marcão, do Inter, foi suspenso durante o Brasileiro por 120 dias. Metade da pena acabou convertida em benefícios sociais e o jogador ficou fora do time gaúcho 60 dias. Como já existe jurisprudência, STJD não tem como tomar outra atitude que não seja a de suspender Romário por 120 dias.
O veterano atleta sabe do risco, mas fez um apelo aos auditores da Justiça Esportiva. ''''Jogador da minha idade, quanto mais tempo parado, pior. Peço que o tribunal julgue meu caso o mais rápido possível.'''' O Campeonato Carioca começa em 19 de janeiro. Se Romário for levado ao tribunal na próxima semana, deverá ser liberado apenas em meados de fevereiro - perderia assim praticamente toda a Taça Guanabara.
Ele fez questão de ressaltar que não usou o medicamento como dopante e até brincou algumas vezes. ''''Isso não é doping. É só olhar a minha performance. Eu corro menos e faço menos gols.''''
Sem querer, Romário acabou deixando em situação delicada os médicos do clube, quando afirmou que todos no clube sabem que utiliza finasterida. A Justiça Esportiva também deve denunciá-los. À noite, o Vasco emitiu uma nota, assinada pelo presidente Eurico Miranda e por Romário, na qual tenta isentar o atleta de responsabilidade pelo uso da substância.
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