A 57ª Reunião Extraordinária do Comité de Concertação Permanente decorreu a 16 de Novembro, na sede da CPLP, por ocasião da visita de S.E. o Senhor Presidente da República Democrática de Timor-Leste, Dr. José Ramos Horta.
Timor-Leste continua a merecer todo o apoio e solidariedade dos restantes Estados da Comunidade. As "dificuldades por que passou foram acompanhadas com grande apreensão e um sincero desejo de apoiar as autoridades e o governo do país a ultrapassá-las.
A nível internacional, particularmente nas Nações Unidas, Timor-Leste pode ter a certeza de continuar a dispor do apoio incondicional dos Estados da CPLP nos seus esforços de normalização e estabilização da situação interna, consolidação da unidade nacional e defesa da sua soberania.", sublinhou o Secretário Executivo da CPLP, embaixador Luís Fonseca.
O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, agradeceu "todos os apoios recebidos pelos países irmão da CPLP, enaltecendo as três missões de observação eleitoral enviadas pela CPLP a Timor-Leste este ano: foi um gesto de amizade, mas também de legitimidade".
O Presidente de Timor-Leste afirmou, ainda, que vai abrir uma representação permanente junto à CPLP, liderada pela embaixadora Pascoela Barreto, cujas cartas de gabinete serão entregues brevemente.
No plano interno do seu país, Ramos-Horta comunicou ao CCP, entre outros assuntos, que o seu país está empenhado na reforma das forças policiais e armadas, em programas de criação de emprego e luta contra pobreza, a par com a melhoria da execução orçamental e da administração pública.
A Língua Portuguesa dominou grande parte do debate entre o Presidente de Timor-Leste e os embaixadores dos Estados-membros da CPLP. As implicações em termos de custos da reintrodução do português em Timor-Leste são significativas. Porém, a Língua Portuguesa "é uma decisão dos timorenses, vital para a sua identidade, pelo que o governo estará disposto a suportar os ordenados de 30 professores já no próximo ano lectivo", realçou Ramos-Horta.
O ensino e promoção da Língua Portuguesa em Timor-Leste "é uma responsabilidade que deve ser partilhada pelos países da CPLP", refere o Secretário Executivo, lembrando que, recentemente, "Conselho de Ministros da CPLP teve a oportunidade de se debruçar sobre a situação em Timor-Leste e foi notória a disponibilidade dos governos de adoptar medidas concretas que concorram para o êxito das políticas do governo do país, no sentido atrás apontado. A difusão e o ensino da Língua Portuguesa, a formação de quadros e uma cooperação mais intensa em áreas identificadas pelo governo timorense como prioritárias, designadamente a Administração Pública e a Justiça merecerão, decerto, uma atenção especial dos Estados-membros", colmata o embaixador Luís Fonseca.
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