O reforço da luta contra o terrorismo, fuga de criminosos de guerra e tráfico de pessoas e de armas começou hoje a ser debatido em Arusha por responsáveis policiais do continente africano, numa iniciativa da Interpol.
Na sessão de abertura dos trabalhos, o presidente da Interpol, o sul-africano Jackie Selebi, destacou a importância das polícias africanas em concentrarem esforços no combate à criminalidade.
«Precisamos de trabalhar em conjunto em projectos dirigidos contra a criminalidade. No momento em que vos falo, na Namíbia, Angola, Botswana e Zimbabué, está em curso uma operação, em que as quatro polícias trabalham fora das respectivas fronteiras e jurisdições, mas em conjunto. Este é o tipo de cooperação que precisamos de ver concretizado em todo o continente africano», salientou.
Esta iniciativa, a 19ªConferência Regional Africana da Interpol, decorre depois da reunião de dois dias que juntou também em Arusha, igualmente promovida pela Interpol, os responsáveis dos departamentos de combate ao narcotráfico de 33 países, 27 dos quais africanos.
Nesta reunião, o director executivo dos serviços de polícia da Interpol, Jean-Michel Louboutin, considerou que «a situação global do tráfico de estupefacientes em África se agravou fortemente neste últimos anos, designadamente com a explosão do tráfico de cocaína entre a América do Sul e África».
«A África Ocidental, por exemplo, tornou-se uma placa giratória do tráfico de cocaína entre a América do Sul e a Europa, juntando-se à tradicional rota das Caraíbas», acrescentou.
Os trabalhos da 19ª Conferência Regional terminam sexta-feira, com a presença da imprensa apenas a ser permitida nas sessões de abertura e encerramento.
Além do reforço da luta contra o terrorismo, fuga de criminosos de guerra e tráfico de pessoas e de armas a Conferência debaterá ainda a criminalidade organizada e abordará as medidas policiais e de segurança relativamente à realização do próximo campeonato mundial de futebol, a realizar em 2010 na África do Sul.
A Guiné-Bissau foi convidada pela Interpol a estar presente na reunião de Arusha sobre o combate à droga, mas dificuldades orçamentais inviabilizaimpediram a participação nos trabalhos de uma delegação guineense, disse à Lusa fonte do escritório da Interpol em Bissau.
Fonte Notícias Lusófonas
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