Tomou posse e prometeu acção para mudar o rumo degradante da ilha. José Cassandra líder da União para Mudança e Progresso do Príncipe, que venceu as eleições regionais com maioria absoluta, quer valorizar o trabalho e devolver esperança num futuro melhor aos cerca de 6 mil habitantes da ilha do Príncipe. Um momento histórico, que confirmou a mudança política legitimada pelo povo do Príncipe.
O novo governo regional, investido na presença do Presidente da República Fradique de Menezes e do Primeiro-ministro Tomé Vera Cruz, tem quatro secretarias regionais, nomeadamente para os assuntos sociais, plano e finanças, meio ambiente e infra-estruturas, e a secretaria para os assuntos institucionais e organizacionais. O Presidente do Governo é José Cassandra. O antigo militante do partido PCD, que saltou para o Movimento Cívico Novo Rumo, tendo conseguido eleger um deputado a Assembleia Nacional, a quando das eleições legislativas de Março passado, exactamente na sua circunscrição na ilha do Príncipe.
O homem que conseguiu unir a ilha a volta da sua candidatura, começou por elogiar a acção do Presidente da República e do Governo, em avançar para a marcação das eleições regionais apesar de todas as tentativas para evitar a expressão da vontade popular naquela parte do território nacional. «Relativamente a alguns atropelos que minavam a essência da nossa democracia decidiu com a legitimidade democrática e constitucional de que está investido que a população do Príncipe fosse chamada após 12 anos de interregno incompreensível, a pronunciar-se de novo sobre as suas aspirações e o seu futuro», afirmou José Cassandra.
A disciplina, o rigor e a pontualidade são valores que o novo Presidente do Governo Regional, pretende restaurar na ilha do papagaio assim como a valorização do trabalho. Mas antes é preciso que Príncipe deixe de ser uma autarquia especial e passe efectivamente a ter o estatuto de região autónoma. O Presidente do Governo Regional pede celeridade «nos mecanismos processuais que possam culminar com a aprovação pela Assembleia Nacional da revisão do estatuto político e administrativo da autonomia da ilha do Príncipe, bem como a aprovação da lei das finanças regional», reclamou.
O programa do governo regional, alimenta-se do projecto de sociedade que foi sufragado pelo povo. Com três eixos fundamentais José Cassandra, explica que o primeiro visa a valorização da pessoa humana. E sem qualquer exclusão. «Nenhuma força política local, nenhum actor político isolado ou institucional ficará marginalizado da nossa democracia do direito de emitir a sua opinião», precisou. O segundo eixo lança as pistas para o combate a pobreza, e no terceiro estão três sectores fundamentais nomeadamente a agricultura, pescas e turismo. «As nossas prioridades no imediato são a promoção do emprego a valorização do trabalho e restabelecimento de uma rede eficiente e acessível de transportes aéreos e marítimos. Paralelamente atenção especial será dedicada a saúde e educação», esclareceu.
José Cassandra fez questão de anunciar aos presentes que o executivo que estava a ser empossado, era de acção. «É para realizar obras. É para promover o desenvolvimento consolidar a democracia e estreitar os laços que unem Príncipe à São Tomé», referiu, tendo recebido de imediato o manifesto de confiança e apoio do Presidente da República. «Eu como Presidente da República e Chefe de Estado estarei ao seu lado posso lhe garantir», declaração que provocou aplausos no salão que acolheu a cerimónia de investidura.
O Chefe de Estado, chamou no entanto a atenção dos membros do governo regional, para as responsabilidades que recaem sobre os seus ombros. «As responsabilidades e os desafios que tereis que enfrentar ultrapassarão certamente as vossas mais exigentes previsões. Esperamos de vós todos, apesar de tudo, responsabilidade, espírito de sacrifício, empenho trabalho, inovação», afirmou Fradique de Menezes.
Uma cerimónia que serviu também para institucionalizar a nova Assembleia Regional. Composta por 7 membros todos da União para Mudança e Progresso do Príncipe.
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