Os técnicos da Petrobras avaliaram a viabilidade da extração do petróleo no campo Tupi localizado abaixo da camada de sal na Bacia de Santos .
Um graduado executivo da companhia, que pediu para não ser identificado, revelou que os primeiros trabalhos exploratórios indicam um potencial de produção de 1 milhão de barris/dia de petróleo na região, praticamente a metade de toda produção atual da estatal (1,9 milhão de barris/dia), apenas com um petróleo do tipo leve, mais valorizado no mercado internacional, segundo JB OnLine.
O limite mínimo de preço para a viabilidade de produção seria de US$ 35 o barril. Esses mesmos trabalhos, ainda de acordo com o executivo, indicam um potencial para produzir 33 milhões de metros cúbicos diários de gás natural só em Tupi, um montante equivalente a praticamente todo o volume importado da Bolívia por meio do gasoduto Bolívia-Brasil.
Embora o custo de um campo como Tupi equivalha a US$ 50 milhões, valor US$ 20 milhões mais caro que o de um campo de grandes dimensões na Bacia de Campos, acima da camada de sal, a viabilidade econômica do projeto já não tira mais o sono dos técnicos da Petrobras.
Feitas as contas, a diretoria da companhia concluiu que o megacampo encontrado na Bacia de Santos - que será rebatizado com nome de molusco provavelmente em 2009 - apresenta viabilidade comercial até um limite hipotético de US$ 35 para o preço do barril de petróleo no mercado internacional. Com o produto cotado a quase US$ 100, e sem perspectiva de queda para tal patamar, Tupi deverá permanecer ainda por muito tempo como a jóia da coroa da Petrobras.
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