Segundo o Jornal do Brasil, até o fim do ano que vem o governo terá elevado de 19, em 2003, para 34 o número de embaixadas brasileiras em países africanos, e assim, concretizados os planos do Itamaraty e do Palácio do Planalto. Atualmente são 30. O investimento é parte da estratégia de ocupar cada vez mais espaço no continente de onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou de sua sétima viagem na semana passada, aumentando para 19 o número de países africanos que já visitou desde seu primeiro mandato.
- Há uma sede de Brasil na África. Um grande interesse em que o Brasil participe e se envolva mais, até mesmo para contrabalançar a influência de outras potências e das antigas metrópoles - disse o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, na sexta-feira, depois de retornar da viagem com o presidente.
Ao citar outras potências, o ministro referia-se à China, que este ano promoveu uma reunião de cúpula com presidentes africanos e é hoje o terceiro maior parceiro comercial daquele continente, atrás dos Estados Unidos e da França. O plano da China é injetar US$ 40 bilhões na África até 2009. No ano passado, o país asiático investiu US$ 7 bilhões em Angola e US$ 5 bilhões no Congo, dois dos países que Lula visitou em sua última viagem.
Com o fim dos conflitos e a retomada do crescimento, o Brasil quer tornar Angola um parceiro estratégico, não apenas por causa dos laços culturais - o país também teve colonização portuguesa - mas principalmente porque possui grandes recursos naturais. No ano passado, a economia de Angola cresceu 16%. A Petrobras já fez parcerias para iniciar atividades no país, agora pretende aumentar seus negócios no Congo e tem interesses em outros países africanos.
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