Um foguete espacial russo Soyuz colocou em órbita neste domingo (26) o segundo satélite do Sistema Galileo, chamado Giove-B. O Giove-B, que pesa meia tonelada, não fará parte dos 30 satélites do sistema Galileo que a ESA (Agência Espacial Européia)colocará em órbita até o fim de 2013, mas servirá para verificar diferentes elementos técnicos do mesmo, segundo a agência Efe.
O foguete Soyuz FG foi lançado a partir da base de Baikonur, que a Rússia aluga ao Cazaquistão na Ásia Central. O satélite, desenvolvido por cientistas franceses, italianos, espanhóis, alemães e britânicos, vigiará as freqüências atribuídas ao sistema e comprovará o funcionamento do "relógio atômico mais preciso do espaço", que dará mais qualidade ao sistema Galileo.
O Giove-B, que pesa meia tonelada, não fará parte dos 30 satélites do sistema Galileo que a ESA colocará em órbita até o fim de 2013, mas servirá para verificar diferentes elementos técnicos do mesmo.
O aparelho, construído por Astrium e Thales Alenia Space, substituirá o Giove-A, lançado ao espaço em dezembro de 2005 também em uma missão de testes técnicos e que já superou seu prazo de vida útil.
O lançamento destes dois satélites experimentais faz parte da "fase de validação em órbita", na qual está previsto o lançamento de outros dois, para o futuro sistema Galileo.
Pedro Pedreiro, representante da ESA, informou recentemente em Moscou que a UE (União Européia) destinará 350 milhões de euros (US$ 547 milhões) para sete anos de trabalhos de pesquisa sobre navegação por satélite.
Segundo o funcionário, a decisão da UE em dezembro passado de relançar o projeto Galileo para competir com o GPS se deve em particular ao fato de que o mercado de serviços de navegação por satélite crescerá 45% até 2011, segundo cálculos da ESA.
Para este ano, a maior parte dos telefones celulares estarão dotados da função de localização e navegação por satélite, afirmou Pedreiro, acrescentando que para o projeto Galileo, a ESA já criou centros de serviço no Brasil, na China e no Egito. Numa entrevista publicada no «Le Journal du Dimanche», o comissário europeu dos Transportes, Jacques Barrot disse : «Será preciso lutar contra os atrasos e os custos extra», advertiu Barrot, que acrescentou que para o cidadão europeu Galileo oferecerá «muito mais segurança na sua vida quotidiana», sobretudo em serviços de localização de vítimas de acidentes na estrada, no mar ou na montanha, já que o sistema europeu será «mais preciso, mais fiável e mais íntegro» do que o GPS.
Está previsto o lançamento de mais dois destes satélites experimentais.
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