Corte diminui na floresta amazônica

O desmatamento na Amazônia caiu pela metade de janeiro a setembro, com o corte de 2.855 km² da floresta, 54% a menos do que no mesmo período do ano passado, de 6.262 km². “É uma queda expressiva, consistente e continuada, que se deve a muito trabalho”, destacou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, ao comentar os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.


Somente em setembro, o sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) registrou 400 km² desmatados, contra 587 km² do mesmo mês em 2008, uma queda de 32%. É o menor índice registrado pelo sistema desde 2004.


Segundo o ministro, os números reforçam a previsão de que em 2009 será registrado o menor desmatamento dos últimos vinte anos, com índice abaixo de 9 mil km². Até agora o menor nível registrado foi em 1991, com 11.100 km².


O Mato Grosso foi o estado que registrou a maior área desmatada, com 134 km², seguido do Pará (133 km²) e Rondônia (71 km²). Dos nove estados da Amazônia Legal, apenas Acre, Pará e Roraima registraram alta no desmatamento. Os outros estados tiveram queda acentuada. Apesar de liderar o ranking, em setembro, o Mato Grosso registrou queda de 38% em relação ao ano passado. O Maranhão teve a maior redução (86%).
A redução nos índices é resultado do trabalho de inteligência da Comissão Interministerial de Combate aos Crimes e Infrações Ambientais (Ciccia) e das alternativas sustentáveis de produção que estão sendo implementadas na Amazônia por meio da Operação Arco Verde.

Universidade abrirá 1,6 mil vagas no interior da Amazônia


A região amazônica já pode contar com uma nova instituição pública de educação superior. Foi sancionado na última quinta-feira (5), o projeto de lei que cria a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), com sede em Santarém (PA). Serão oferecidas 1,6 mil vagas para os cursos de engenharia florestal, sistema de informação, direito, licenciatura em letras, pedagogia, física, matemática e biologia. Esta é a 12ª nova universidade federal criada no País nos últimos sete anos.


“O Brasil está se preocupando cada vez mais com o desenvolvimento sustentável da Amazônia”, afirmou o presidente da República em exercício, José Alencar. Voltada para a integração amazônica, a instituição surge a partir de unidades das universidades federais do Pará (UFPA) e Rural da Amazônia (Ufra). Será a primeira universidade pública com sede no interior da Amazônia. Santarém fica a 1.384 km de Belém.


A partir do próximo ano, serão abertos cursos em áreas do conhecimento relacionadas às vocações regionais. “Esta universidade já nasce com os olhos voltados para o século 21 e talvez até para o século 22, porque tem cursos voltados para a biodiversidade, águas e arranjos produtivos locais”, ressaltou o ministro da Educação, Fernando Haddad.


Os cursos de graduação e pós-graduação oferecidos pela UFPA no campus de Santarém e nos núcleos de Óbidos, Oriximiná e Itaituba e pela Ufra na unidade descentralizada do Tapajós passam a integrar a estrutura da Ufopa. Os alunos matriculados nesses cursos farão parte, automaticamente, da nova universidade.


Cinco unidades multidisciplinares de pesquisa, ensino e extensão estão sendo estruturadas a partir do projeto que articula ciências humanas e sociais com ciências da natureza e tecnologia. Essas unidades serão agregadas aos institutos de biodiversidade e florestas, de ciências e tecnologia das águas, de engenharia e geociências, de ciências da sociedade e de ciências da educação.


Professores - Os professores e técnicos administrativos da nova universidade serão selecionados ainda este ano. Devem ser contratados 146 professores e 166 técnicos no próximo ano. Até 2013, o quadro terá 500 professores e 333 técnicos.

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