O presidente venezuelano, Hugo Chávez, chegou com uma visita não-oficial de três dias a Moscou, e já se encontrou ontem (29) com o presidente Vladimir Putin. Chávez elogiou Putin, por seu papel no surgimento "da Rússia de novo como centro de poder" e atacou os EUA por "não quererem que a Rússia se levante".
A União Soviética, dizemos nós com muito respeito, muito lamentavelmente, caiu. Porém, a Rússia não desapareceu, nem os povos que a formaram. Hoje estão mais vivos que nunca. Hoje há um renascimento na Rússia, disse Chávez ao inaugurar um centro de cultura latino-americana na capital russa.
O Kremlin, porém, tentou não dar destaque à visita de Chávez - o que os analistas locais atribuíram ao encontro que Putin terá com o presidente norte-americano, George W. Bush, no domingo e na segunda-feira, nos EUA.
Ontem, a maioria pró-governo na Duma (Câmara Baixa do Parlamento russo) votou contra um discurso de Chávez no plenário, em uma ação que analistas vêem como uma maneira de reduzir a repercussão da retórica anti-EUA do venezuelano. "Parece que o Kremlin decidiu não irritar a Casa Branca nas vésperas do encontro entre os presidentes dos EUA e da Rússia", afirmou o jornal russo ´Kommersant´.
O encontro acontece em um dos piores momentos das relações entre Rússia e EUA, devido principalmente ao projeto norte-americano de instalação de bases do seu sistema antimísseis na Polônia e na República Tcheca, países que pertenceram à área de influência da antiga URSS. Moscou afirma que o sistema ameaça a Rússia, enquanto os Estados Unidos dizem que ele visa deter um possível ataque do Irã. Na noite de ontem, Putin e Chávez se encontraram numa casa de campo da Presidência russa.
Fonte Diário do Nordeste
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