O presidente dos EUA George W. Bush , que regressou na segunda-feira de umas férias de dez dias, congratulou-se com as tréguas negociadas no Conselho de Segurança da ONU, apelando ao apoio da comunidade internacional ao Governo do Líbano.
Alinhando pelo discurso oficial israelita, o presidente dos EUA considerou o desfecho do conflito uma importante vitória para o Estado judáico e para os países do mundo que lutam pela democracia.
"O Hezbollah atacou Israel. O Hezbollah iniciou a crise e o Hezbollah conheceu a derrota", sublinhou Bush, responsabilizando a guerrilha xiita pela morte de centenas de civis no Líbano e em Israe .
É compreensivel que os líderes do Hesbollah e seus simpatizantes na Siria, Irã e em outros paises muçulmanos possuem outro ponto de vista. E segundo pesquisa da opinião pública em varios paises, mas da metade dos intrevistados consideram que o exército israelense não obteve vitoria na luta contra o movimento Hesbollah.
É pouco provável o sentido de fazer o balanço do conflito, que, apesar da trégua conseguida, está distante da solução final. Ao mesmo tempo existe mais uma circunstância importante que merece atenção.
Justamente a supremacia no poderio militar é que nem sempre garante a vitória. Os EUA possuem o exército mais forte do mundo, e com um orçamento de 500 bilhões de dolares.
Eles lidaram facilmente com o regime dos talibãs no Afeganistão, derrubaram o regime de Saddam Huseyn sem nenhum problema em especial. No entanto os acontecimentos se desenvolveram não segundo os cenários elaborados em Washington.
Os norte-americanos acabaram sem forças diante da tática de guerrilha em composição com as novas tecnologias.
No Afeganistão o Talibã que renasce age contra eles com o método dos ataques inesperados. No Iraque a situação para os EUA é ainda pior.
Nas recentes audiências na comissão para as Forças Armadas do Senado dos EUA o presidente do comitê de comandantes de Estados Maiores, general Piter Peys e o comandante das tropas norte-americanas no Oriente Médio, general Jhon Abizeyd advertiram sobre a ameaça real do inicio da guerra civil no Iraque.
Desde o momento da derrubada de Saddam Huseyn já se passaram mais de três anos. Situação semelhante se forma no Oriente Médio. Israel que militarmente forte se depara com dificuldades inesperadas no conflito com o Hesbollhah. É extraordinariamente interessante o que foi dito pelo subsecretario de Estado dos EUA Richard Armitage.
" A campanha militar israelense no Líbano pode servir de advertência à Casa Branca quanto ao Irã," disse ele. Se a força militar dominante na região não é capaz de obter sucesso num país como o Líbano, com população de 4 milhões de pessoas, é preciso pensar duas vezes antes de transferir esse modelo ao Irã com suas vastidões estratégicas e população de 70 milhões.
Leonid Smirnov
Agências de notícias
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