João Craveirinha pensa em voz alta emquanto examina os emails sobre o assunto...vamos seguir o pensamento dele...
Novo email recebido (o 2º) de saites de antigos residentes de Moçambique...a pedir esclarecimento ou a contestar sem bases sobre a História de Maputo?
É burrice, cegueira ou teimosia demais de quem não aceita nada de nada que não seja a inverdade Histórica "branqueada"?...Para não chamar o verdadeiro nome aos bois....
Simples esclarecimento para quem estiver interessado em assuntos sérios de Moçambique:
Reencaminharam-me um pedido de esclarecimento sobre a origem do nome Maputo na realidade Maputso palavra em xi ronga idioma local da região dos iMfumos / caMpfumo rebaptizada erradamente pelos portugueses de Lourenço Marques piloto de naus quinhentista
que nunca esteve do lado da actual cidade de Maputo ex LM fixando-se na então denominada Ponta Madona na caTembe ( lado oposto). O piloto Lourenço Marques traficou escravos e bugigangas no Entreposto de Ponta Madhona ( caTembe - terra dos Tembes)....em 1544...além do registo dos rios que desaguavam na Baía dos iMpfumos...
Só o desprezo pelas coisas afros de alguns dos que se dizem de Moçambique mantém-nos na ignorância. Durante o período que por lá andaram nunca souberam nem quiseram saber dos idiomas Moçambicanos e seus derivados dialectos. Se soubessem não inventariam coisas à toa para auto elogio de seus umbigos. Qualquer pessoa da caTembe até uma criança sabem de onde vem a palavra Maputo originária de Maputso
...maputokezi é uma forma idiomática do norte de Moçambique Niassa e Cabo Delgado maconde influência inglesa de portuguese com o prefixo baNto MA nada a ver com o sul Portugueses em xi - ronga : mu - madji , magoerre (mais depreciativo) e xi colonhi a palavra maputokezi foi trazida para o SUL e centro pela Frel nos seus cânticos revolucionários em suahili ou maconde ou nhanja (Niassa) em que diziam que iam correr com os maputokezis de Moçambique.
Origem nome MAPUTO com mais de 500 anos anterior à chegada dos portugueses à Baía dos iMpfumos
A palavra ma (prefixo) plural para designar os de juntando mais Uputso dá maPutso nome Proveniente da bebida tradicional UPUTSO ainda hoje celebrada em cerimónias tradicionais na zona de Matutuíne (Bela Vista) região dos Tembes na denominada Província de Maputo Nada tem a ver com maputokezi como algumas mentes desiluminadas na distorção derivada do complexo colonial da colónia Perdida querem manter ainda Só a ignorância dos idiomas e derivados dialectos locais africanos é que perpetuam essa ignorância típicas de saudosismos doentios Qualquer Moçambicano baNto do sul conhece a bebida tradicional UPUTSO proveniente da região da que se chamaria de Maputo corruptela portuguesa incapazes de pronunciarem Uputso Quando em 1502 António do Campo e Luiz Fernandes chegaram à baía dos iMpfumos ( dos reis) já se preparava o Uputso feito à base da ameixa (da ameixoeira) africana fermentada de cor e espuma brancas considerada fruto sagrado
O erro na atribuição do nome Maputo para substituir LM tem a ver com o ressentimento étnico anti-ronga de Samora em não querer aceitar o nome de caMpfumo ou simplesmente cidade de Mpfumo restituindo a dignidade a um povo ronga destituído da sua terra e da sua cultura Não sei como aceitam a marrabenta e a galinha e o camarão com coco, amendoim e piri piri dos rongas, mas não aceitam que quando os tugas chegaram da Europa tão longe encontraram um povo na região com nomes e usos e costumes bem seculares
O indo-português de Moçambique, Óscar Monteiro, sugere então o nome de Maputo para substituir LM, para rimar o slogan da Frel, do (rio) Maputo fronteira mais a
sul de Moçambique ao (rio) Rovuma fronteira mais a norte .simbolizando a unidade nacional inter étnica.
O Nome de Maputo provém da bebida tradicional ronga UPUTSO sendo Bela Vista Matutuíne a região ronga dos Tembes por excelência de tradição de séculos antes do achamento da região pelos portugueses perdidos das naus de Vasco da Gama a caminho da Índia em 1502.
João Craveirinha
(E ponto final. Quem quer continuar cego que continue...e perguntem a Patrick Chabal que tem a resposta deste complexo português do Império continuar perdido)
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