A hora decisiva na História
Os grandes personagens históricos podem construir seus caminhos seguindo desvios, indo e voltando, errando e recomeçando, mas chega um momento em que tudo se restringe a duas opções. A História reverencia os nomes dos que se deram conta desse momento da verdade e escolheram o caminho certo e se transformaram em vencedores.Os que titubearam nessa hora, ganharam, no máximo um papel secundário.
Lenin vivia fora da Rússia, liderava apenas uma parcela dos bolchevistas, mas em outubro de 1917, contra o conselho de muitos dos seus camaradas, percebeu que hora tinha chegado e que ela não se repetiria e comandou a mais importante revolução do século XX.
Churchill era racista, defensor das formas mais sórdidas de colonialismo, tinha horror dos comunistas (criou u inclusive a expressão Cortina de Ferro para o comunismo) mas foi a Moscou apertar a mão de Stalin, quando se deu conta que o grande adversário da humanidade era Hitler.
Stalin sempre soube disso, mas incentivou o pacto Molotov-Ribentrop e não permitia críticas ao nazismo, enquanto preparava o Exército Vermelho para a guerra.
Fidel Castro podia ter sido mais aventureiro entre tantos outros da história caribenha, se não se sentisse marcado pela história para ser o libertador de Cuba e por isso nunca desistiu do seu sonho.
Aqui no Brasil, um político que sempre soube o lado correto nas horas de decisão, foi Leonel Brizola. Levou os integralistas para o seu governo no Estado e anos mais tarde forçou uma união do seu partido com Nelson Marchezan,mas teve a coragem,que nenhum outro político teve, quando enfrentou o golpe de 61 com a Legalidade.
A História oferece muitos caminhos até chegar a encruzilhada final.
Jango, Lula e Dilma tiveram seus grandes momentos, obtiveram vitórias importantes nas muitas batalhas em que sempre tiveram no lado certo. O azar deles é não ter percebido que deveriam se preparar melhor para o último derradeiro combate e perderam tudo que tinham conquistado.
O mundo hoje e não apenas o Brasil se prepara para a batalha final. Será a derradeira oportunidade para abrirmos caminho para o socialismo ou os entregarmos definitivamente à barbárie.
É hora de ver de que lado estão as mais importantes figuras da história atual.
Marino Boeira é jornalista,formado em História pela UFRGS
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