Os membros do grupo liderado por um auto-proclamado 'profeta' tártaro na capital da república muçulmana da Federação Russa estavam cativados debaixo da terra durante anos, mantendo lá cerca de 20 crianças. Os menores já foram evacuados, mas adultos estão permanecendo em bunker de oito pisos subterrâneos.
A comunidade foi acusada, nesta quinta-feira, de maus-tratos infantis. Segundo a polícia local, eles mantiveram durante mais de dez anos sob a terra, 15 crianças em uma casa de Kazan, capital da Tartária, na Rússia. Crianças da seita não tinham visto a luz do dia e viviam sem contar com os serviços básicos mínimos, como educação e saúde.
A comunidade se define como um estado com suas próprias normas. As crianças precisam do tratamento especial, porque muitos delas desde o nascimento não têm acesso à eletricidade e ao ar livre. Além disso, a densidade de população foi a três pessoas por metro quadrado.
Todos estes detalhes arrepiantes da vida do 'emirado subterrâneo' de Faizrakhman Satarov, de 83 anos foram confirmados pelos defensores dos direitos das crianças que desceram às catacumbas. Eles também revelaram que ex-um clérigo muçulmano tinha proibido os adolescentes e adultos recebem qualquer assistência médica, incluindo o parto.
O esconderijo foi construído em arredores de Kazan sob casapertencia ao líder da seita . Na parte subterrânea do imóvel, foram encontrados 30 quartos, onde 60 pessoas viviam permanentemente há dez anos. Sattarov a criou na década de 90. Ele é acusado de recrutar crianças e adultos, obrigá-los a cumprir suas ordens e entregar-lhe todos seus recursos financeiros, único sustento material do grupo, segundo fontes da investigação.
Mas ele promete se opor por todos os meios à ordem para destruir o abrigo autorizada pelo Poder Judiciário local. O líder alega ter recebido instruções de Alá, que apareceram em sonhos dele para advertir de um próximo fim do mundo, forçando-o a abrigar os "fiéis" no bunker.
Os menores foram levados a hospitais da região com seus pais, que seguramente serão privados da custódia de seus filhos. "O estado das crianças é satisfatório. Todos tinham sido alimentados na seita, embora estivessem muito sujos", afirmou a diretora do Hospital Nº 18 de Kazan, Tatiana Moroz.
É possível que o esconderijo não tenha sido descoberto ainda durante anos se não realizasse na cidade a ampla operação policial devido a recente homocídio em Kazan de dois altos líderes muçulmanos.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter