Para acabar com os vazios cartográficos da região amazônica, o governo federal vai investir R$ 350 milhões nos próximos cinco anos para concluir as cartografias terrestre, geológica e náutica da Amazônia Legal. Os recursos estão previstos no Projeto Cartografia da Amazônia que será lançado nesta quarta-feira (10) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a abertura da 4ª Feira Internacional da Amazônia (FIAM), em Manaus. O projeto é coordenado pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).
As cartografias vão auxiliar no planejamento e execução dos projetos de infra-estrutura como rodovias, ferrovias, gasodutos e hidrelétricas, além da demarcação de áreas de assentamentos e de mineração, agronegócio, elaboração de zoneamento ecológico, econômico e ordenamento territorial, segurança territorial, escoamento da produção e desenvolvimento regional. As informações ajudarão no conhecimento da Amazônia brasileira e na geração de informações estratégicas para monitoramento de segurança e defesa nacional, em especial nas fronteiras.
Segundo o diretor-geral do Censipam, Marcelo de Carvalho Lopes, a proposta é acabar com os "vazios cartográficos", contribuindo no desenvolvimento e na proteção da região amazônica. A Amazônia Legal abrange uma área de 5,2 milhões de quilômetros quadrados. Deste total, falta informação cartográfica terrestre de 1,8 milhão de quilômetros quadrados. "Já a cartografia náutica necessita ser atualizada e ainda levantar informações sobre os recursos minerais existentes na região, fomentando o desenvolvimento sustentável, gerando renda e melhorando a qualidade de vida", afirma Lopes.
Dos R$ 350 milhões, R$ 85,4 serão destinados a investimentos como a modernização dos sistemas de aquisição e processamento de dados de aeronaves especializadas em sensoriamento remoto, software e hardware para o tratamento e processamento dos dados e imagens, capacitação de recursos humanos e a construção de cinco navios hidrográficos para realizar a cartografia náutica. O projeto deve ser concluído em 2012 e já foram investidos R$ 33 milhões. O trabalho é coordenado pelo Censipam, órgão ligado a Casa Civil da Presidência República, e os executores são o Exército, a Marinha, a Aeronáutica e o Ministério de Minas e Energia.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter