Portugal através dos seus navegadores, foi o fundador das pré-explorações polares nos séculos XV e XVI. Contudo, após esse período, o nosso país esteve de costas voltadas para as regiões polares durante quase 500 anos, mantendo-se afastado da investigação científica de ponta que ali se pratica.
A partir de meados da década 1990, vários cientistas portugueses começaram a participar regularmente em campanhas polares, em particular na Antárctida. Porém, trataram-se sempre de colaborações a nível individual e sem o apoio de um programa científico nacional estruturado.
Com o Ano Polar Internacional 2007-08 (API), e sob a égide do comité nacional criado para coordenar o evento, os investigadores polares portugueses traçaram uma estratégia, cujo objectivo último seria criar as raízes para um Programa Polar Português.
Na sequência dos trabalhos encetados com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (MCTES), o Comité Português para o API vem dar conhecimento do recém aprovado PROPOLAR Programa Polar Português. Esta iniciativa engloba uma série de medidas de apoio à investigação científica polar nacional e inicia-se com o financiamento de projectos de investigação realizados no quadro do Ano Polar Internacional.
O PROPOLAR terá continuidade muito além do API, enquanto a investigação polar for considerada uma prioridade na ciência portuguesa. O PROPOLAR desenvolve-se sob a égide da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCTMCTES), que é também a sua entidade financiadora principal. Neste sentido, a FCT financiará o PROPOLAR com uma verba de cerca de 750 mil euros para as actividades científicas a desenvolver no próximo biénio.
Se incluirmos a verba ligada à educação e divulgação científica, em particular o financiamento do projecto LATITUDE60! (Agência Ciência Viva), a verba conseguida para o Ano Polar Internacional 2007-08, ultrapassa já 1 milhão de euros. Também no quadro do API, destacamos os apoios à investigação polar por parte do Programa Gulbenkian-Ambiente e da Hilti, e os apoios à divulgação científica por parte do Pavilhão do Conhecimento, Mundicenter, Oceanário de Lisboa, CTT e Zoomarine. Há ainda vários protocolos em negociação com empresas publicas e privadas ao abrigo do mecenato científico.
A sessão, que decorrerá na sequência do 1st Iberian Workshop on Antarctic Peninsula Permafrost and Climate Change, contará com a presença de vários cientistas polares portugueses.
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COMITÉ PORTUGUÊS PARA O
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