O fornecimento de sistemas de mísseis Iskander à Bielorrússia, que têm capacidade destrutiva comparável a cargas nucleares táticas de baixa potência ,pode ser uma resposta assimétrica aos planos norte-americanos de instalar o sistema de defesa antimísseis na Polónia e República Checa, manifestou hoje (14) o Chefe das Tropas de Mísseis e de Artilharia da Rússia, o general Vladimir Zaritski.
"Por que não? Sob as circunstâncias corretas e com o aval de Belarus, é possível" , disse o Zaritski, comentando as declarações do seu colega bielo-russo, Mikhail Puzikov, sobre os planos de rearmamento de uma brigada das Forças Armadas de Bielorrússia com complexos Iskander E.
Qualquer ação obrigatoriamente enfrenta uma contracção. A mesma coisa é com os elementos do sistema da defesa antimísseis na República Checa e Polónia , declarou Zaritski. Os militares das Tropas de Mísseis estão em contacto com colegas bielo-russos. Resolvendo as mesmas tarefas, estamos prontos para colaborar, destacou o general, segundo Ria-Novosti.
Segundo Nikolai Gustchin, director e projectista da Empresa "Mashinostroyenie" situada na Região de Moscovo, o efeito do impacto de uma ogiva de 480 kg deste sistema de 250 km de alcance e cerca de 2 m de precisão equivale ao uso de uma carga nuclear. É de notar que o sistema funciona de maneira plenamente autónoma ao receber o comando com a indicação dos alvos.
"O nosso mecanismo óptico de auto-orientação - diz Nikolai Gustchin - escolhe com grande precisão o alvo e não há nada que possa impedi-lo: nem a neblina, nem a falta de visibilidade, nem nuvens de interferências criada especialmente pelo adversário.
Os meios activos de luta radioelectrónica são impotentes no combate a este mecanismo. Nenhum outro sistema de mísseis do mundo pode realizar tais missões". O sistema tem dois mísseis e a tripulação de 3 pessoas , chassis 8X8.
Por Lyuba Lulko
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