O presidente chinês, Hu Jintao, iniciou esta segunda-feira (26) a sua visita oficial à Rússia e já se encontrou com o presidente russo Vladimir Putin.
Além da cooperação militar e de questões comerciais é sobretudo o dossier energético que está em discussão entre as duas capitais.
Putin, fez questão de sublinhar o papel de ambos os Estados no desenvolvimento das trocas comerciais entre os dois países.
O volume de negócios bilateral em 2006 cifrou-se em 25 mil milhões euros com a maior fatia das exportações a caber à Rússia. De referir que Moscovo é o segundo maior exportador de petróleo no mundo e a China o segundo maior consumidor.
A China tem demonstrado um grande apetite pelos recursos energéticos da Rússia, mas o progresso na construção de um oleoduto entre a Sibéria e a cidade chinesa de Daqing, no nordeste do país, permanece lento.
O chefe da companhia ferroviária estatal da Rússia, Vladimir Yakunin, assinou um contrato com seu colega chinês que aumentará o volume de petróleo transportado por vagões-tanque para a China, de 10 milhões de toneladas no ano passado para 15 milhões este ano.
Hu e Putin emitiram um comunicado conjunto prometendo apoiar projetos conjunto nas áreas de petróleo e gás, sem entrar em detalhes.
E "a cooperação nos campos militar e técnico-militar vão continuar", adiantou Putin.
Moscovo tem vendido mil milhões de euros anuais em aviões, mísseis, submarinos e destróieres para Pequim, fazendo da China o principal consumidor da indústria bélica da Rússia.
Além disso os presidentes da Rússia e da China pediram que o Irã atenda às demandas de uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU contra a insistência da República Islâmica em manter seu polêmico programa de enriquecimento de urânio. O comunicado conjunto vem um dia depois de Teerã anunciar ter suspendido parcialmente sua cooperação com o órgão da ONU que fiscaliza as atividades nucleares ao redor do planeta.
"A Rússia e a China pedem que o Irão tome um caminho construtivo para as resoluções do Conselho de Segurança e as decisões da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sejam atendidas. Acreditamos que o Irão tem o direito de reivindicar o uso pacífico da energia nuclear, desde que atenda suas obrigações sob o Tratado de não-proliferação Nuclear."
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