O comité británico Cobra, convocado só nos casos de emergência, constituído pelos membros do governo e os principais serviços de segurança da Grã-Bretanha esteve ontem reunido e Londres pediu a Moscovo a colaboração na investigação da morte de Alexander Litvinenko.
Segundo os médicos ex-agente do FSB foi envenenado pelo material radiativo polónio . Os vestígios de material foram encontrados na urina de Litvinenko. A informação foi confirmada ontem pelo cientista Roger Cox, da Agência de Proteção à Saúde do Reino Unido.
Os investigadores encontraram traços de radioactividade no hotel onde Litvinenko tomou chá com os russos Alexander Lugovoi e Dmitry Kovron, no bar onde comeu sushi com o italiano Mário Scaramella e na sua casa no norte de Londres que pertence a Boris Berezovsky, comunica Assiciated Press, citado uma fonte policial.
Os peritos parecem já não ter muitas dúvidas. O veneno chama-se polónio 210 e, como explica um toxicólogo "é centenas de milhões de vezes mais tóxico do que o cianeto".
Mas o polónio é uma substância rara que só se pode conseguir com a ajuda de um reactor nuclear, o que, para os investigadores, implica a existência de uma organização muito poderosa ou mesmo de um Estado, por detrás desta acção. Entretanto a verção de um assassinato não é única , examinada pelos investigadores . De acordo com Guardiam , os detetives de Skotland Yard não excluem a versão de Litvinenko mesmo se autoenvenenou .
No leito da morte, Alexander Litvinenko terá ditado e assinado uma carta para ser divulgada postumamente, que foi lida pelo seu porta-voz, Alex Goldfarb, diante do hospital, onde acusa o presidente russo: "Senhor Putin pode conseguir silenciar um homem mas os protestos do mundo inteiro continuarão a ecoar nos seus ouvidos durante toda a sua vida".
Em Helsínquia, onde participa na cimeira União Europeia- Rússia, Putin foi bombardeado com questões dos jornalistas. Negou as acusações e pediu ao governo de Londres que não contribua para alimentar o escândalo político.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter