O alegado envenenamento do ex-coronel da FSB , Alexandr Litvinenko continua permanecer nos destaques de imprensa do mundo.
A Scotland Yard, que abriu um inquérito, não comenta seu andamento, mas suas atenções concentram-se agora essencialmente sobre três pessoas, suspeitas em crime : dois homens russos com quais Litvinenko falou num hotel e tomou chá e o italiano Mario Scaramella com quem almoçou num restaurante japonês de Londres no dia 1.
Hoje a revista russa Kommersant publica as opinhões dos expertos e políticos russos sobre caso.
Leonod Zamiatin, em 1986-1992, o embaxador da União Soviética no Reino Unido.
-Litvinenko é um vira-cascas importante quer para Grã-Brenaha quer para os EUA. Pois, quando fugiu da Rússia , tinha possuido os segredos que queriam receber muitas serviços de Inteligência do mundo . Os ingleses têm MI-5 que é mais sensato, é uma rede de espiões mais ampla do que os americanos. Mas, provavelmente, os EUA receberiam alguns dados e querem verificá-los. (Os EUA enviaram um pedido oficial a Grã-Bretanha sobre o andamento do inquerito). Porém não se pode esquecer que Litvinenko tinha sido deposto essencialmente em relação à Ucrânia e a Kuchma (antigo presidente da Ucrânia), por isso a minha conclusão é que Litvinenko tinha sido estorvado mais à Ucrânia que à Rússia.
Serguei Ivanov, vice-presidente do partido liberal Yabloko
-A reação pública é a reação correta de um comunidade civilizado à uma tentativa de humicídio. Quando há suspeita de os serviços secretos do outro Estado realizarem tal operação, não se pode reagir de outra maneira. Não é por acaso, que o Serviço de Inteligência no estrangeiro russo (SVR) imediatamente desmintiu ser envolvido neste incidente. O interesse dos EUA explica-se por uma modernização da sua política em relação à nós . Os democratas vão efetuar uma política mais rigida respeito à Rússia .
Vladimir Zhirinovsky , lider do nacionalista Partido Liberal Democrático, o vice-presidente da Duma.
-Na véspera das eleições presidenciais nos EUA os partidos apanham quaisquer pretexto para atriburem a si uma atençaõ. Com este PR ainda vão ganhar muito. Não excluio, que Berezovsky, que não conseguiu um éxito no seu trabalho com os partidos e movimentos russos está buscando as novas possibilidades de agravar a situação na Rússia, ao seguir um pedido da administração dos EUA.
Nikolai Leonov, o membro do Comité da Duma de Segurança , o antigo chefe do Departamento Analítico do Serviço de Inteligência no Estrangeiro de KGB.
-Agora a companhia antirussa toma força em todo o mundo. Os americanos como sempre não deixarão escapar uma chance para uma vez mais chutar a Rússia. Embora acho, que este alvaroço em torno de envenenamento é vantajoso só para um homem Berezovsky. E, ao organizar este escândalo mundial contra a Rússia , ele dessa maneira vinga o seu fracasso como político e como buisnessmen.
Garry Kasparov, vice-campeão mundial de xadrez, agora o lider do partido marginal da direita Fronte Civil Unido.
- A paciência rebentou. A comunidade ocidental começa entender, que na Rússia se realiza uma ofensa total aos não acordados com a política do Kremlin. Não há resultados claros no inquierito do caso de Politkovskaya. Mas ela foi assassinada na Rússia, e Litvinenko foi envenenado em Londres, por isso acho que Grã-Bretanha atingirá êxitos na investigação. Pois, o Kremlin não se preocupa com sua reputação , porque o acordo sobre ingresso russo à OMC foi assinado.
Litvinenko, que os peritos dizem ter sido envenenado com tálio ou com uma substáncia radioativa, foi transferido para os cuidados intensivos e tem 50% de hipóteses de sobrevivência nas próximas quatro semanas.
Oficialmente a Russia desmentiu ser envolvida no incidente.
"Não temos nada que ver com o que aconteceu a Litvinenko", declarou, à AFP, o porta-voz do serviço de Inteligência , Serguei Ivanov, acrescentando que "é preciso procurar noutros círculos".
O FSB (serviço federal de segurança russo, sucessor do KGB) escusou-se, por sua vez, a fazer qualquer comentário e exigiu um pedido oficial de declarações por fax.
Litvinenko, ex-agente do FSB, afirmou ter recusado, em 1998, uma ordem para assassinar o bilionário russo Boris Berezovky e foi depois preso por "abuso de poder".
Litvinenko, de 44 anos, julgado à revelia por traição, aguardado o julgamento na casa , fujiu ao estrangeiro e é agora o cidadão britânico . Estava actualmente a investigar a morte da jornalista russa Anna Politkovskaya.
Com Kommersant
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