Durante anos, os armários com portas de correr dominaram os projetos de interiores por prometerem economia de espaço e visual mais moderno. Mas uma tendência inesperada está ressurgindo com força: os armários com portas de abrir — o famoso modelo tradicional com dobradiças — estão voltando à moda e conquistando até os decoradores mais contemporâneos.
De acordo com relatos recentes da imprensa internacional, os consumidores estão redescobrindo as vantagens práticas e estéticas dos armários com abertura frontal convencional. A sensação de acesso total ao interior do móvel e a estética mais sólida estão entre os principais atrativos.
Ao contrário das portas de correr, que exigem trilhos, divisórias internas fixas e muitas vezes dificultam o alcance de alguns compartimentos, as portas com dobradiça permitem abertura ampla e livre. Isso favorece tanto a organização quanto a ventilação interna do armário — fator essencial em regiões úmidas.
Outro ponto positivo apontado por arquitetos é a durabilidade. Enquanto trilhos e roldanas podem apresentar desgaste com o tempo, principalmente em armários mais pesados, as dobradiças metálicas são mais simples de manter e substituir, oferecendo melhor custo-benefício a longo prazo.
Em termos de design, os modelos com portas de abrir ganharam versões atualizadas que combinam com estilos modernos, escandinavos e até industriais. Portas lisas com puxadores embutidos, acabamentos foscos e cores neutras transformaram esse tipo de armário em uma opção versátil e elegante.
Especialistas também apontam que esse modelo favorece a personalização interna, permitindo prateleiras móveis, iluminação embutida e divisórias ajustáveis — algo mais limitado nos modelos com trilho.
Por fim, há um elemento emocional envolvido. Muitos consumidores associam os armários com porta de abrir a uma memória afetiva da infância ou da casa dos avós, criando um vínculo de aconchego e familiaridade que impacta nas decisões de compra.
Curiosamente, essa mudança reflete uma tendência maior no design de interiores: o retorno de elementos considerados “clássicos” ou “simples”, mas que oferecem mais funcionalidade e presença estética do que soluções automatizadas e minimalistas.
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